Como investir em microfranquias?

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Microfranquias são modelos do franchising que exigem baixo investimento para a sua implantação, sendo mais acessíveis a empreendedores. De acordo com a pesquisa do Sebrae, em 2023, mais de 2 milhões de empresas fecharam no Brasil, mas com franquias, o índice de falência é bem menor. A 31ª edição da Associação Brasileira de Franchising (ABF Franchising Expo), ocorreu este ano em São Paulo com mais de 440 marcas sendo expostas. Entre elas, as microfranquias são uma das opções que cabem no bolso.

O principal benefício das pequenas empresas é o baixo investimento inicial. Por serem mais acessíveis, atraem mais pessoas. O modelo de franquia ajuda o empreendedor, dividindo com a franqueadora os riscos e as oportunidades, aumentando as chances de progresso deste empresário.

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Qualquer pessoa com atitude empreendedora pode estar à frente de uma microfranquia. Para Tatiane Viana, educadora financeira, mentora e professora da Eu me banco, os primeiros passos são pesquisar pelo menos três marcas do segmento escolhido, verificar se o valor da reforma do ponto está incluso no investimento inicial e analisar a Circular de Oferta de Franquia (COF). A COF é um documento comercial, obrigatório na lei das franquias, que deve descrever todas as taxas de forma clara, incluindo sua base de cálculo, forma de cobrança e pagamento.

Ao escolher a rede, é feito o contato com a franqueadora. “Normalmente, existe um processo de seleção. Desconfie das empresas que pressionarem por uma resposta. Avalie se os recursos financeiros disponíveis são suficientes para cobrir não apenas o investimento inicial, mas também o giro de caixa durante os primeiros meses de operação. Entenda qual será o ROI (Retorno sobre o Investimento) da franquia”, enumera Tatiane. De acordo com a especialista, um negócio bem administrado tem lucratividade média de 10% a 14% do faturamento. “Faça uma reserva financeira pessoal de 6 a 12 meses, pois é normal a empresa não se pagar nos primeiros meses”, diz.

Modelo de negócio

O modelo de negócio oferece segurança, pois é um sistema já testado e aprovado. Para Marcus Marques, especialista em gestão empresarial e fundador do Grupo Acelerador, avaliar a reputação das franquias é fundamental, assim como verificar o suporte oferecido aos franqueados. “Fique atento ao volume de vendas, já que a margem de lucro pode ser mais baixa nesse setor. Além disso, o sucesso da microfranquia está atrelado à capacidade da franqueadora em manter a marca relevante no mercado”, afirma.

O franqueado deve fazer um plano de negócio para entender qual é o retorno sobre o investimento. Para Carlos Castro, planejador financeiro e CEO da SuperRico, essa avaliação financeira tem de levar em consideração qual é a expectativa do momento em que a franquia começará a trazer resultados. “Também, é necessário selecionar o local e a infraestrutura para ser um ponto bem localizado para o tipo de negócio”, diz.

Feita a travessia dessa fase inicial para geração de caixa, os próximos passos são ponderar se nessa taxa de crescimento vale a pena abrir novas unidades. “Algumas maneiras de fazer isso são pelo market share [participação de mercado] que é aumentar os pontos de atendimento, já o share of wallet [o quanto o negócio recebe da carteira do consumidor] é investir em produtos para melhorar o ticket médio gerado por cliente. Isso deve ser analisado caso a caso”, afirma o planejador.

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Outro fator é dar suporte à equipe de funcionários . Afinal, o atendimento é o ponto de contato com o cliente. “Quando um time está motivado, é ele que vai reter o comprador e vai gerar mais resultado a longo prazo”, finaliza o CEO da SuperRico.

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