Bradesco tem alta de 4,4% no lucro do 2º trimestre, a R$ 4,7 bilhões

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O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre, o equivalente a uma alta de 4,4% sobre o resultado de um ano antes. Os números constam no balanço financeiro do banco publicado nesta segunda-feira (5). O resultado ficou ligeiramente acima da expectativa média do mercado compilada pela LSEG, de lucro líquido de R$ 4,4 bilhões.

O Bradesco disse que manteve as perspectivas para o ano, incluindo a de que a carteira de crédito consolidada crescerá entre 7% e 11% este ano. Já a receita líquida de juros deve aumentar entre 3% e 7%.

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Inadimplência cai

O banco apurou um índice de inadimplência de operações de crédito vencidas há mais de 90 dias de 4,3%. Trata-se do menor nível desde o último trimestre de 2022. Além disso, também está bem abaixo do pico de 5,7% registrado no segundo trimestre do ano passado.

O medidor antecedente de inadimplência de 15 a 90 dias também caiu, a 3,7% em junho, ade 4,4% um ano antes. Com isso, ficou próximo dos 3,6% do segundo trimestre de 2022.

A queda na inadimplência ocorreu com forte impulso do segmento de micro, pequenas e médias empresas, que encerrou junho em 5,4%, após 6,4% nos três primeiros meses do ano. Os calotes no segmento de pessoa física tiveram índice de 5,2% no trimestre de junho, enquanto na grande empresa o indicador foi de 0,2% ante um 0,6% do início do ano e que vinha se mantendo em alta desde o segundo trimestre de 2023.

Com o recuo nos índice de inadimplência, o Bradesco reservou uma provisão para devedores duvidosos (PDD) de R$ 7,3 bilhões no período, quedas de 6,7% ante o primeiro trimestre e 29,3% na comparação anual. Essa proteção menor contra eventual calote ajudou a impulsionar o lucro.

O banco, que nos últimos trimestres tem passado por uma reestrutruração para ganhar rentabilidade e melhorar os índices da carteira de crédito, teve aumento de 5% nos empréstimos no segundo trimestre sobre o mesmo período de 2023, para R$ 912,1 bilhões. Houve expansões de 5,7% no crédito à pessoa física e de 4,5% à pessoa jurídica.

Exagero

Durante entrevista para comentar os resultados do banco, o presidente-executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou que considera como “extremada” a reação dos mercados financeiros  nesta segunda-feira (5) sobre os riscos de recessão dos Estados Unidos. “A reação do mercado é absolutamente extremada”, afirmou o executivo.

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O Noronha comentou ainda que o Bradesco vai entregar neste ano lucro acima do resultado implícito na previsão [guidance] do banco e que a instituição continuará elevando sua rentabilidade passo a passo [“step by step”].

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