Taxa de desemprego no Brasil no 2º trimestre é a menor em 10 anos

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O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 6,9% no segundo trimestre. Trata-se do menor nível para o período em 10 anos. Além disso, os números mostram um novo recorde de pessoas trabalhando, além de aumento da renda médio do trabalhador.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa divulgada hoje mostrou forte queda ante os 7,9% registrados nos três primeiros meses do ano e os 8,0% do segundo trimestre de 2023.

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Além disso, é a primeira vez desde o início de 2015 que a taxa de desemprego no Brasil ficou abaixo de 7%. É também a menor para um trimestre encerrado em junho desde 2014, quando também foi de 6,9%.

O resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) nos três meses até junho ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters.

O desemprego e a renda no Brasil

O mercado de trabalho aquecido no Brasil vem mantendo a taxa de desemprego em patamares historicamente baixos. Especialistas avaliam que esse cenário deve permanecer por algum tempo, o que também levanta preocupações com a inflação, principalmente de serviços, já que a renda também segue aumentando.

No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.214, altas de 1,8% no trimestre e de 5,8% na comparação anual.

No segundo trimestre, o número de desempregados somou 7,541 milhões. O número representa uma queda de 12,5% em relação aos três primeiros meses do ano e um recuo de 12,8% ante o mesmo período do ano passado. Esse é o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Já o total de ocupados atingiu 101,83 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012. O número equivale a uma alta de 1,6% ante o primeiro trimestre e de 3,0% sobre o segundo trimestre de 2023.

“Observa-se a manutenção de resultados positivos e sucessivos. Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres” disse a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.

Vários recordes

Além disso, os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 1,0% na comparação trimestral e chegaram a um contingente de 38,380 milhões. Já os empregados que não tinham carteira cresceram 3,1% na mesma base de comparação, a 13,797 milhões. Ambos os contingentes também representam recordes.

Beringuy destacou ainda que, na comparação trimestral, as três atividades com alta da ocupação foram comércio, administração pública e as atividades de informação e comunicação.

“Esses três setores absorvem um contingente muito grande de trabalhadores, de serviços básicos e também de serviços mais especializados. Assim, a expansão da ocupação nessas atividades acaba contribuindo para o processo de crescimento da remuneração e do nível da ocupação de diversos segmentos no mercado de trabalho”, explicou.

O IBGE destacou ainda que a população desalentada — que gostaria de trabalhar, mas desistiu de procurar emprego — recuou para 3,3 milhões no trimestre encerrado em junho. Com isso, é o menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016. A queda foi de 9,6% no trimestre e de 11,5% no ano.

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“A redução do desalento pode estar relacionada à melhoria das condições do mercado de trabalho como um todo, possibilitando que esse contingente retorne para a força de trabalho”, disse a coordenadora do IBGE.

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