Em 1999, o falecido Boris Berezovsky almoçou com o editor e jornalistas seniores do Financial Times. Eu já o havia encontrado em Moscou em várias ocasiões. Berezovsky acabara de desempenhar um papel em persuadir aqueles próximos a Boris Yeltsin a nomear Vladimir Putin, então chefe do FSB, serviço federal de segurança da Rússia (que Berezovsky conhecia de quando Putin era vice-prefeito de São Petersburgo), para ser primeiro-ministro e seu sucessor como presidente. “Por que”, perguntei, “você confiou o poder a um ex-agente da KGB?” Lembro-me bem da sua resposta: “A Rússia”, disse ele, “agora é um país capitalista. Em países capitalistas, os capitalistas detêm o poder.”
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