BofA tem queda no lucro, mas supera expectativas

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O lucro do Bank of America (BofA) recuou no segundo trimestre deste ano, com os custos mais elevados de depósitos reduzindo as receitas de juros. Porém, o resultado da última linha do balanço financeiro superou as estimativas dos analistas, em meio ao vigor nos negócios de banco de investimento e de trading.

O segundo maior credor dos Estados Unidos lucrou US$ 6,9 bilhões no trimestre encerrado em junho, ou US$ 0,83 ação. O montante é 7% menor que o observado um ano antes, mas acima das expectativas de US$ 0,80 por ação.

“A força e o vigor do lucro do nosso principal negócio de banco de consumo são complementados pelo crescimento e pela rentabilidade de nossos negócios de mercados globais, banco global e gestão de patrimônio”, disse o presidente-executivo da companhia, Brian Moynihan, em comunicado. 

William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, avalia que, de um modo geral, o BofA reportou números melhores que o esperado, ainda que apresentando um modesto crescimento de receita ante o ano anterior e com lucros menores. 

Segundo ele, o fator responsável pelo lucro menor foi a queda na margem líquida de juros (diferença entre o que o banco cobra nos seus empréstimos e aquilo que ele remunera seus depositantes) de 3% ante o ano anterior. “Em relação a isso, os executivos do banco já haviam informado que a receita líquida de juros atingiria o seu mínimo nesse segundo trimestre”, ponderou Alves, em comentário. 

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Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Citi também reportaram receitas robustas de banco de investimento.

Negócios robustos

Os bancos de investimento têm aumentado suas taxas de subscrição em meio à retomada dos mercados de capitais. A resiliência da economia norte-americana incentiva as empresas a levantar capital por meio da venda de ações e emissão de títulos nos últimos meses. Fusões e aquisições também estão ganhando impulso. 

Com isso, as taxas de banco de investimento do BofA saltaram 29%, para US$ 1,6 bilhão no segundo trimestre, em linha com os resultados de seus pares. Já a receita de vendas e trading aumentou 7%, para US$ 4,7 bilhões, crescendo pelo nono trimestre consecutivo em base anual, impulsionada pelo forte crescimento em ações. 

A unidade de gestão de patrimônio e investimento também registrou receita 6% maior, com crescimento de 10% no saldo dos clientes, para um recorde de mais de US$ 4 trilhões.

Big banks

Outro grande banco dos EUA a divulgar balanço nesta terça-feira (16) antes da abertura foi o Morgan Stanley. O lucro do aumentou no segundo trimestre, à medida que a atividade de banco de investimento se recuperou, apoiada pela robustez na subscrição de ações e dívida.

A receita do segmento avançou para US$ 6,8 bilhões no trimestre, ante US$ 6,7 bilhões um ano antes, quase em linha com as expectativas de Wall Street. Os novos ativos líquidos no trimestre chegaram a US$ 36 bilhões de dólares.

No entanto, o lucro líquido do Morgan Stanley subiu a US$ 3,1 bilhões, ou US$ 1,82 por ação, nos três meses encerrados em 30 de junho. Um ano antes, o ganho foi de US$ 2,2 bilhões, ou US$ 1,24 por ação. A receita total do banco saltou 12%, para cerca de US$ 15 bilhões no trimestre.

“A empresa entregou outro trimestre forte em um ambiente de mercados de capitais em melhoria”, disse o presidente-executivo da companhia, Ted Pick, em comunicado.

Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Citi também reportaram receitas robustas de banco de investimento.

Para Castro Alves, da Avenue, em suma, os números dos grandes bancos norte-americanos foram ajudados por uma performance mais forte do braço de investimentos e da área de negociações de títulos (trading), em especial, aquela voltada a investidores institucionais.

(Com Reuters)

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