Lucas Rangel: “Quando eu comecei, era tudo mato, mas hoje o mercado está inflado”

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Em meados de 2014, quando a sua Belo Horizonte natal sediou o 7 x 1 que eliminou o Brasil da Copa do Mundo, Lucas Rangel viu os cachês dos primeiros contratos publicitários caindo na conta. Foto: Victor Affaro

Final de 2013, temporada das provas de fim de ano, e o jovem Lucas Rangel, então com 16 anos, está trancado no quarto. Para desespero de seu pai, Alex, o garoto não está estudando, mas sim criando vídeos para “upar” no Vine, uma espécie de TikTok que estreava naquele ano e que funcionou até 2019. “Nessa eu fui reprovado, e o meu pai, ‘pistola’ com razão, confiscou meu celular”, relembra Rangel do Vine, como ficou conhecido.

Em meados de 2014, quando a sua Belo Horizonte natal sediou o 7 x 1 que eliminou o Brasil da Copa do Mundo, ele viu os cachês dos primeiros contratos publicitários caindo na conta, somados à remuneração da plataforma que já vinha pingando. E, quando concluiu o ensino médio, recebeu sinal verde do seu pai, que hoje agencia a carreira de Lucas e de diversos outros influenciadores, para se dedicar inteiramente aos seus vídeos de humor – que exploram temas do dia a dia ou fazem paródias de músicas famosas. “Comecei totalmente por hobby, nunca imaginei que um dia eu ia ter uma empresa, que a profissão realmente iria ficar gigantesca e que haveria um mercado onde eu poderia atuar”, diz o creator, que hoje soma quase 11 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, além de 23 milhões de seguidores no Instagram e 22 milhões no TikTok.

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Autor do Sensacional Livro Antitédio de Lucas Rangel (Paralela, 2016), ele comandou o programa Rangel, Câmera, Ação!, do SBT, e, em seu próprio canal, onde soma cerca de 2 bilhões de visualizações, lançou o reality show O Próximo Youtuber de Sucesso, o média-metragem Flops – Uma Comédia Musical e a série As Férias dos Flops, além do filme Flops – Agentes Nada Secretos, disponível na Netflix.

Prato cheio para marcas, o influencer cria e produz conteúdo e estrela campanhas para empresas do porte de Coca-Cola, McDonald’s, Disney e Amazon – esta última, interessada em seus vídeos com unboxing de produtos, antecipou-se para preencher a vaga liberada com a falência da Americanas, antiga cliente de Rangel.

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Sob o guarda-chuva da empresa LR Contents Group, estão a agência que faz a ponte entre as marcas e ele ou outros influenciadores do casting; a LR Studio & Films, responsável pelas produções; e a LR Tech, com a qual, de olho no metaverso, investiu R$ 240 mil para a criação do Luk, o avatar de Lucas Rangel. “A internet acelerou muito nos últimos 10 anos; é preciso se manter à frente. Sinto que o metaverso ainda é o futuro, a começar pelo quanto as empresas estão investindo”, diz o criador, que estudou cinema na New York Film Academy.

“Quando eu comecei, era tudo mato. Depois da pandemia, virou uma corrida do ouro, e hoje o mercado está inflado, ficou tudo muito igual, todo mundo replicando as mesmas trends. Cheguei aonde cheguei buscando a autenticidade – e pretendo continuar fazendo exatamente isso”.

*Reportagem publicada na edição 117 da revista Forbes, em março de 2024.

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