Ascensão e queda do Koo: 50 milhões de usuários e muitos desafios financeiros

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O app chegou a ter mais de 50 milhões de usuários globalmente em 2022, sendo que, somente do Brasil, haviam 13,3 milhões de pessoas

O Koo, aplicativo que ficou conhecido como “Twitter indiano”, deixará de existir. A empresa anunciou que está encerrando suas operações por desafios financeiros. Recentemente, o Koo lidava com negociações para ser comprado pela plataforma de notícias indiana Dailyhunt, negócio que não foi concretizado e agravou ainda mais os problemas de receitas.

Criada em 2020 pelos empreendedores Aprameya Radhakrishna, até então CEO, e Mayank Bidawatka, a rede chegou a levantar, em dois anos de existência, mais de R$330 milhões em rodadas de investimento que inclui fundos importantes como Tiger Global, Accel, Blume Ventures e outros.

O app chegou a ter mais de 50 milhões de usuários globalmente em 2022, sendo que, somente do Brasil, haviam 13,3 milhões de pessoas. Na ocasião, a plataforma estava em 100 países , momento em que ganhou fama mundial como uma opção ao Twitter, que na época foi comprado por Elon Musk. No entanto, após a rápida ascensão, a empresa teve desafios de retenção de usuários e geração de receitas. No ultimo mês, contabilizava pouco mais de 2 milhões de pessoas ativas.

De acordo com os criadores da plataforma, o nome Koo remete a um recurso linguístico que imita o som de um pássaro. No final de 2022, Rodrigo Thedim, Head de Marketing e Vendas da RankMyApp – empresa especializada em mobile marketing -, afirmou, em entrevista para a Forbes Brasil, que ainda era cedo para definir se a nova rede iria vingar ou não passar de um hit instantâneo. “Mas é fato que os números recentes do Koo no Brasil chamam a atenção tanto em downloads quanto em avaliações”. Na ocasião, o levantamento do RankMyApp mostrava que o Koo avia superado o Twitter em avaliação e download entre os brasileiros.

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Apesar de todo sucesso pontual, no ano de 2023 o Koo chegou a demitir 30% de seus profissionais e tentou novas rodadas de investimentos, mas sem êxito.

Em seu LinkedIn, Mayank Bidawatka lamentou a decisão e reforçou que o aplicativo, mais do que uma rede social, também era motivo de orgulho para a Índia. “Vimos uma oportunidade de democratizar a expressão em vários idiomas em um mundo dominado pelo inglês. Percebemos que 80% do mundo fala um idioma diferente do inglês, mas o inglês domina todas as plataformas sociais. Queríamos criar um espaço inclusivo para todas as pessoas, independentemente da língua que falavam e de quem eram ou no que acreditavam”, escreveu o fundador.

Em entrevista à Forbes Índia, em 2021, Aprameya Radhakrishna reforçou que o projeto não precisava necessariamente de cifras bilionárias de investimentos. “Você realmente não precisa de um bilhão de dólares para construir este negócio”, afirmou. “Não há receita agora. Ela virá depois. O app, primeiro, tem que ser impulsionado pela base de usuários, e então pode ser monetizado”, disse o executivo.

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