Índia concede isenções tarifárias para cotas de importações de milho e óleo vegetal

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A Índia permitiu na quarta-feira (26) importações limitadas de milho, óleo de girassol bruto, óleo de colza refinado e leite em pó sob a cota tarifária (TRQ), na qual os importadores são isentos de taxas ou pagam tarifas mais baixas, enquanto Nova Délhi tenta reduzir a inflação dos alimentos.

A Índia é o maior importador mundial de óleos vegetais, como óleo de palma, óleo de soja e óleo de girassol, e o maior produtor de leite.

REUTERS/Adriano Machado

Colheita de milho

A Índia permitiu a importação de 150.000 toneladas métricas de óleo de girassol ou óleo de cártamo, 500.000 toneladas de milho, 10.000 toneladas de leite em pó e 150.000 toneladas de óleo de colza refinado, informou o governo.

A inflação dos alimentos, impulsionada por fatores do lado da oferta, como clima adverso que afeta as colheitas, permaneceu em torno de 8% ao ano desde novembro de 2023, impedindo o corte das taxas de juros.

O governo selecionou cooperativas e empresas estatais, como o NDDB (National Dairy Development Board), a NCDF (National Cooperative Dairy Federation) e a NAFED (National Agricultural Cooperative Marketing Federation of India Ltd), para as importações.

“Não havia necessidade de permitir as importações de óleo de girassol e de colza com tarifas diferenciadas”, disse um comerciante de Mumbai de uma empresa de comércio global.

“Os preços das sementes oleaginosas já estão sob pressão devido às importações mais baratas, que ainda estão sujeitas a impostos. Agora, as importações isentas de impostos exercerão pressão adicional.”

A Índia atende a quase dois terços de suas necessidades de óleo vegetal por meio de importações de óleo de palma, principalmente da Indonésia e da Malásia, bem como de óleo de girassol e óleo de soja da Rússia, Ucrânia, Argentina e Brasil.

A Índia é o maior produtor mundial de leite, mas, recentemente, os principais laticínios aumentaram os preços do leite e dos produtos lácteos devido à forte demanda em meio a suprimentos limitados.

Os preços domésticos do milho estavam subindo devido à forte demanda do setor avícola e de etanol.

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A Índia, que não permite o cultivo de nenhum alimento geneticamente modificado, tem regras para garantir que as importações não contenham nenhum traço de organismos geneticamente modificados.

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