Congresso americano destaca novos tratamentos para câncer de próstata, rim e bexiga

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O Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica apresentou novidades muito importantes para o tratamento de tumores de próstata, bexiga e rim. Mais de 90 mil casos destes tipos de câncer são registrados anualmente aqui no Brasil e, por isso, novos tratamentos representam esperança para muitos pacientes.

Na área de câncer de próstata, nós temos novas drogas imunoterápicas sendo estudadas com resultados animadores e outros tipos de medicamentos, como os inibidores de receptores do hormônio, que bloqueiam os mecanismos que permitem que a doença se desenvolva. 

Para o câncer de próstata muito avançado, um dos estudos mais promissores avaliou o papel de uma nova forma de tratamento, com uma radioterapia feita através de uma infusão endovenosa. 

Esta terapia, que foi estudada em pacientes que já tinham tumor metastático, apresentou uma redução importante do risco de progressão de doença, seja antes ou depois da utilização da quimioterapia. Essa medicação, chamada Lutécio PSMA, cujo nome comercial é Pluvicto, deve estar disponível no Brasil em pouco tempo.

Novas estratégias para tumores de bexiga e rim

Para pacientes com câncer de rim, a notícia mais importante é a proposta de tratamento com novas formas de imunoterapia, que estimulam o sistema imune, combinadas com bloqueadores dos vasos sanguíneos que evitam o que o tumor se reconstitua.

Em câncer de bexiga, um dos grandes avanços foi a indicação de um protocolo que une um anticorpo conjugado a droga (que se liga ao tumor e joga para dentro dele uma quimioterapia) chamado enfortumabe vedotin e um imunoterápico chamado pembrolizumabe, que fortifica o sistema imune do paciente.

Essa combinação teve dados mais maduros nesse Congresso, que mostraram que este protocolo é claramente melhor do que quimioterapia isolada, em todos os cenários. Falamos sobre este tratamento neste mesmo espaço, no fim do ano passado. 

As novidades para os cuidados de tumores geniturinários vêm sendo apresentados com muita esperança pelos pesquisadores. Mas costumo dizer que a tecnologia só tem valor quando está acessível a todos. Esperamos que estes grandes avanços possam estar disponíveis para a maior parte da população brasileira.

Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

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