O Ibovespa opera em queda de 0,27% na abertura do pregão desta sexta-feira (21), a 120.160 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Com poucos indicadores brasileiros e com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) devidamente metabolizada, as atenções dos investidores se voltam para os indicadores internacionais e para as declarações de banqueiros centrais sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos.
Após atingir o maior valor em dois anos, o dólar abria a sexta-feira devolvendo alguns de seus ganhos frente ao real. Assim, o dólar recuava 0,35% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,4429.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego diminuiu na semana passada, mas os dados mais recentes mostraram que o número total de pessoas que recebem benefícios atingiu o nível mais alto desde janeiro, indicando que o mercado de trabalho dos EUA continua a esfriar.
Agora, a grande dúvida dos investidores globais é se os indicadores econômicos darão tranquilidade suficiente para os bancos centrais, em especial o Federal Reserve (FED), o banco central americano, começar a afrouxar a política monetária.
Há argumentos razoáveis tanto a favor quanto contra essa possibilidade, daí o interesse dos investidores sobre a trajetória dos indicadores e sobre a percepção dos diretores de bancos centrais.
Na Ásia, as ações da China fecharam em baixa nesta sexta-feira, acompanhando a queda de seus pares regionais em meio à força do dólar e à retração das ações de tecnologia, com fortes fluxos de saída de capital estrangeiro pesando sobre o mercado.
Os fluxos de portfólio estrangeiro mudaram. Cerca de 33 bilhões de iuanes (US$ 4,54 bilhões) deixaram a China este mês por meio do trecho norte do esquema Stock Connect, após quatro meses de entradas líquidas. O trecho sul também registrou 129 bilhões de iuanes de saídas para Hong Kong até agora neste ano.
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Além disso, os investidores permaneceram cautelosos, já que o comitê central do Partido Comunista Chinês deve se reunir em julho para uma reunião importante conhecida como plenária, a terceira desde que o grupo de tomada de decisões foi eleito em 2022, com foco em reformas em meio a “desafios” internos e complexidades no exterior.
O núcleo da inflação do Japão acelerou em maio devido aos impostos sobre a energia, mas um índice que elimina o efeito do combustível desacelerou pelo nono mês consecutivo, mostraram dados nesta sexta-feira, complicando a decisão do banco central sobre quando aumentar a taxa de juros.
A desaceleração do chamado “núcleo do núcleo” da inflação, que é observado de perto pelo Banco do Japão como um indicador importante dos movimentos de preços impulsionados pela demanda, lança dúvidas sobre a visão do banco de que o aumento dos salários sustentará o consumo e manterá a inflação no caminho certo para atingir de forma duradoura sua meta de 2%.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,67%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,35%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,24%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,09%.
Na Europa, o crescimento empresarial da zona do euro desacelerou acentuadamente este mês uma vez que a demanda caiu pela primeira vez desde fevereiro, segundo uma pesquisa, com o setor de serviços do bloco mostrando alguns sinais de enfraquecimento enquanto a retração no setor industrial piorou.
Isso ocorreu apesar de o Banco Central Europeu ter feito um corte amplamente anunciado nas taxas de juros neste mês e das expectativas em uma pesquisa da Reuters de mais duas reduções este ano.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 50,8 este mês em relação a 52,2 em maio, frustrando as expectativas de uma pesquisa da Reuters de um aumento para 52,5.
Entretanto, junho marcou um quarto mês acima do nível de 50, que separa crescimento de contração.
O Stoxx 600 perdia 0,81%; na Alemanha, o DAX recuava 0,56%; o CAC 40 em queda de 0,62% na França; na Itália, o FTSE MIB perde 1,19%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,65% no Reino Unido.
(Com Reuters)
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