Ibovespa cai com dados da economia brasileira e dos EUA no radar

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O Ibovespa mostrava fraqueza nos primeiros negócios desta quarta-feira (5), descolado do viés positivo em Wall Street, enquanto investidores digerem dados de atividade econômica no Brasil e esperam por indicadores nos Estados Unidos.

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Às 10h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, registrava variação negativa de 0,13%, a 121.697,47 pontos. O contrato futuro do índice om vencimento mais curto, em 12 de junho, caía 0,2%. O dólar à vista recuava 0,23%, a R$ 5,2729 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento cedia 0,32%, a R$ 5,286 na venda.

O setor de serviços do Brasil ganhou impulso em maio e cresceu no ritmo mais forte em quase dois anos devido à melhora da demanda, apesar do aumento da pressão dos custos de insumos, mostrou nesta quarta-feira o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O PMI do setor, compilado pela S&P Global, subiu para 55,3 em maio, de 53,7 em abril, atingindo o nível mais elevado desde julho de 2022. Sustentado por aumentos nas novas encomendas e tendências positivas de demanda, o índice avançou ainda mais acima da marca de 50, que separa crescimento de contração.

Já a produção do setor industrial brasileiro iniciou o segundo trimestre com queda maior do que a esperada em abril, interrompendo dois meses seguidos de altas.

Em abril, a produção do setor teve recuo de 0,5% na comparação com o mês anterior, resultado mais fraco do que a expectativa de contração de 0,2% em pesquisa da Reuters.

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Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram ainda que, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teve alta de 8,4%, contra expectativa de 8,3%.

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil recuou em maio, interrompendo uma sequência de cinco meses de alta e sinalizando possível estabilidade no ritmo de abertura de postos de trabalho no segundo semestre, conforme dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 1,3 ponto em maio, para 78,9 pontos, após atingir o maior valor desde setembro de 2022 no mês anterior.

“Esse resultado negativo ainda não representa uma reversão na tendência dos últimos meses, mas pode estar sinalizando uma estabilidade no ritmo de criação de vagas a partir do segundo semestre”, disse Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.

No exterior

Nesta manhã, dados mostraram que a criação de vagas de trabalho no setor privado dos EUA ficou abaixo do esperado em maio, e os dados do mês anterior foram revisados para baixo.

Foram abertos 152 mil empregos no mês passado, depois de 188 mil em abril, segundo o relatório da ADP. Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 175 mil postos no mês passado.

A persistência de um mercado de trabalho bastante aquecido nos EUA tem deixado as autoridades do Federal Reserve com uma postura cautelosa em relação à trajetória da inflação de volta à sua meta de 2%, adiando o possível início de um ciclo de cortes nos juros.

Com a recente moderação no mercado de trabalho, operadores passaram a ver 65% de chances de um corte de juros pelo Fed em setembro, contra 46% uma semana antes, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

Na zona do euro, dados de preços ao produtor mostraram uma deflação maior do que o esperado pelos economistas, de 1,0%, o que reforçou as expectativas de corte da taxa de juros pelo Banco Central Europeu já na quinta-feira.

Os mercados, no entanto, ainda acumulam incertezas sobre a trajetória futura dos juros na zona do euro.

Na China, a atividade de serviços acelerou em maio no ritmo mais rápido em 10 meses, enquanto os níveis de emprego expandiram pela primeira vez desde janeiro, mostrou uma pesquisa do setor privado nesta quarta-feira, apontando para uma recuperação sustentada no segundo trimestre.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global subiu de 52,5 em abril para 54,0, expandindo pelo 17º mês consecutivo e crescendo no ritmo mais rápido desde julho de 2023. A marca de 50 separa expansão de contração.

(Com Reuters)

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