Brasileira é premiada em programa internacional para mulheres na ciência

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Alicia Kowaltowski foi uma das cinco homenageadas com prêmio para mulheres na ciência na sede da UNESCO, em Paris

Desde cedo, Alicia Kowaltowski queria ser cientista. Incentivada pelos pais, ambos acadêmicos, se interessou pelas aulas sobre o corpo humano e se especializou em bioquímica. Sua pesquisa e contribuição para a biologia das mitocôndrias – organelas que agem como usinas de energia das células – lhe rendeu o Prêmio Internacional L’Oréal-UNESCO Para Mulheres na Ciência, que homenageia anualmente cinco cientistas do mundo todo. “A ciência tem o poder de transformar vidas”, diz a pesquisadora.

Kowaltowski analisou as complexas reações bioquímicas que permitem aos seres humanos obter energia dos alimentos para viver. “Minha investigação contribui significativamente para a compreensão de possíveis doenças, como obesidade, diabetes e infarto.”

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Na última semana, Kowaltowski esteve entre as pesquisadoras homenageadas na sede da UNESCO, em Paris, por suas pesquisas pioneiras em ciências da vida e do meio ambiente.

As premiadas desta 26ª edição foram selecionadas entre 350 candidatas de todo o mundo por um júri internacional independente presidido pela professora Brigitte L. Kieffer, diretora de pesquisa do Instituto de Pesquisa Inserm, membro da Academia de Ciências da França e também uma das vencedoras em outra edição. “Esse prêmio representa um grande incentivo para continuar minha pesquisa e contribuir para o desenvolvimento de novos conhecimentos”, diz Kowaltowski.

Segundo a pesquisadora, o objetivo geral do seu projeto é analisar o papel de alterações de transporte de íons, metabolismo energético e oxidantes mitocondriais nessas condições. Ao entender o papel mitocondrial nesses processos, é possível propor intervenções e controlar os efeitos que afetam a saúde humana. “O metabolismo é fascinante porque está no cerne da vida”, afirma a cientista, que começou a explorar o tema a convite de um mentor.

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A cientista reconhece a importância do trabalho em equipe. “Tive ajuda de muitas pessoas ao longo desta trajetória, como a Camile Caldeira da Silva, responsável por organizar todos os equipamentos e manter tudo funcionando.”

Hoje uma referência, Kowaltowski sempre teve exemplos de mulheres na ciência. Para ela, a falta de representatividade nunca foi um problema. “O grande desafio mesmo é ser cientista no país, porque não há incentivos para atuar na área”, diz. Apesar disso, a cientista não quer desanimar as próximas gerações. “Espero que minha trajetória inspire outras mulheres a seguirem seus sonhos e buscarem a excelência em suas áreas de atuação.”

Para uma carreira de sucesso na ciência, ela sugere: “Sejam curiosos, façam boas perguntas, estejam abertos a resultados inesperados, encontrem supervisores de apoio e nunca desistam. Explorar os limites do conhecimento nos dá resiliência para continuar ultrapassando limites e quebrando barreiras.”

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