O Ibovespa abriu em queda nesta quarta-feira (29), véspera de feriado, influenciado por um noticiário local intenso tanto na esfera macroeconômica quanto no campo corporativo, além de um cenário externo desfavorável ao risco.
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Às 10h30, o Ibovespa recuava 0,89%, aos 122.675,32 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento em 12 de junho caía 0,51%. O dólar à vista subia 0,76%, sendo negociado a R$ 5,19s. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,39%, a R$ 5,180.
Os investidores globais estão atentos à divulgação de uma série de dados de inflação das principais economias, destacando-se o índice PCE dos EUA — a medida preferida de preços do Federal Reserve — e a leitura de inflação da zona do euro, ambos previstos para sexta-feira.
Esses dados podem indicar a perspectiva para o início de um ciclo de afrouxamento monetário no Federal Reserve e no Banco Central Europeu. A manutenção das taxas de juros nos EUA tem favorecido a valorização do dólar, tornando-o mais atraente para investidores globais.
Nas últimas semanas, autoridades do banco central norte-americano têm enfatizado a necessidade de avaliar mais dados antes de confiar que a inflação está a caminho da meta de 2%, sem indicar um cronograma claro para o início dos cortes de juros.
O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou em entrevista à CNBC na terça-feira que o banco central deve esperar por um progresso significativo na inflação antes de reduzir os juros, sugerindo a possibilidade de elevação da taxa básica caso os preços não desacelerem ainda mais.
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No início do ano, os operadores esperavam cortes em março, mas a persistência da inflação e o tom cauteloso das autoridades reduziram as expectativas para um corte de 25 pontos-base apenas em novembro ou dezembro, conforme a ferramenta FedWatch da CME.
O mercado brasileiro também avalia dados recentes do mercado de trabalho e resultados fiscais.
O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 7,5% nos três meses encerrados em abril, resultado abaixo do esperado e o menor nível de desocupação para esse período em 10 anos, indicando um mercado de trabalho aquecido.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira mostram um recuo de 0,1 ponto percentual em relação à taxa de 7,6% do trimestre anterior, encerrado em janeiro. No mesmo período do ano passado, a taxa foi de 8,5%.
(Com Reuters)
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