Na era da IA, esta habilidade continua sendo vantagem competitiva para as empresas

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Enquanto muitos profissionais temem que a inteligência artificial possa avançar a ponto de substituir seus empregos, quase 70% dos líderes na América Latina acreditam que a criatividade humana e o pensamento estratégico continuarão a ser uma vantagem competitiva das empresas, algo que as máquinas não conseguem reproduzir. “A maioria dos executivos acredita que, em vez de substituir os trabalhadores, a IA ampliará e melhorará as capacidades humanas, permitindo que as pessoas se concentrem em atividades de maior valor”, diz Bruno Rocha, head da TCS no Brasil.

A multinacional de serviços de TI e consultoria conduziu a pesquisa global AI for Business Study, que traz dados sobre a adoção da inteligência artificial e seu impacto nos negócios. O estudo mostra que os líderes estão otimistas em relação à tecnologia, e que cerca de 70% das empresas estão mais focadas em usar a inteligência artificial para estimular a inovação e aumentar a receita do que para melhorar a produtividade e otimizar custos.

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Quase 50% dos líderes globalmente acreditam que até metade de seus funcionários usarão inteligência artificial generativa diariamente em três anos

As profissões criadas pela IA

Quase metade dos mais de 1.000 CEOs e executivos entrevistados de 24 países acreditam que, em vez de substituir empregos, a IA aumentará o número de ocupações globalmente.

Grandes empresas estão criando posições específicas para lidar com a tecnologia, inclusive o cargo de Chief AI Officer, ou líder de inteligência artificial, além de cientistas de dados, engenheiros de machine learning e especialistas em ética. “Esses profissionais são responsáveis por desenvolver, implementar e monitorar sistemas de IA”, diz Rocha. Também estão surgindo novas funções em áreas como análise de dados. “Os analistas interpretam grandes volumes de dados gerados por sistemas de IA para tomar decisões informadas.”

A tecnologia também vem transformando a forma como profissionais de diferentes áreas, e não apenas na tecnologia, atuam. “Em muitas indústrias, tarefas repetitivas e administrativas estão sendo automatizadas, permitindo que os funcionários se concentrem em atividades mais estratégicas e criativas.”

Rocha cita como exemplo o setor de atendimento ao cliente. Com a ajuda de chatbots baseados em IA cuidando de consultas simples, por exemplo, os atendentes humanos podem lidar com problemas mais complexos.

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Os profissionais não precisam temer a chegada da inteligência artificial, mas devem estar abertos a receber a tecnologia e aproveitar seus benefícios. “É fundamental que as organizações e os indivíduos invistam em educação e capacitação contínua.”

Para capacitar os funcionários com habilidades relacionadas à IA, as empresas podem oferecer workshops, cursos online e programas de certificação. Isso é interessante pensando também na marca empregadora, já que profissionais buscam empresas que os estimulem e onde tenham possibilidade de crescimento e aprendizado.

Além das habilidades técnicas, é preciso dar atenção às soft skills – habilidades como comunicação, empatia e adaptabilidade para lidar com as novas tecnologias. “O desenvolvimento de habilidades que complementam a IA, como pensamento crítico, resolução de problemas e competências interpessoais, deve ser incentivado.”

Executivos se animam com possibilidades da IA

Os executivos da América Latina estão entre os mais entusiasmados com o impacto que a IA pode ter em seus negócios. Quase 100% (95%) das companhias pesquisadas na região têm implementações de IA planejadas, em andamento ou já concluídas em suas funções corporativas.

Mas a maioria ainda não está totalmente preparada para tirar o máximo proveito da inteligência artificial. Apenas 7% dizem que a IA já é um diferencial que está transformando seus negócios. “Os executivos dizem que os padrões e regulamentos do setor, o custo de implementação e os contratos existentes estão dificultando esses esforços.”

A nível global, mais de 50% dos entrevistados disseram que estão animados ou otimistas sobre o potencial da tecnologia nas empresas. 45% acreditam que até metade de seus funcionários usarão inteligência artificial generativa diariamente em três anos.

As funções corporativas com mais projetos de IA concluídos nas empresas globais são finanças e controladoria (29% de taxa de conclusão), RH (28%) e marketing (28%).

Globalmente, os setores mais otimistas em relação à adoção da IA são bancos, serviços financeiros e seguros, tecnologia e manufatura. Já os menos otimistas são saúde, viagens e hospitalidade.

Veja áreas, empregos e profissões que devem sobreviver à IA:







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