Fundo JBS pela Amazônia aporta R$ 10,2 milhões em CRA focado em pecuária

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JBS/Bruno Franco

O instrumento tem o foco de escalar a pecuária regenerativa no bioma e os valores serão aplicados no atendimento de 3,5 mil pequenos criadores de gado

A Rio Capim Agrossilvopastoril, consultoria focada em nature-based, anunciou na tarde desta terça-feira (21), durante o evento Convert Climate Conference, a emissão de um novo Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) apoiado pelo Fundo JBS pela Amazônia, lastreado no programa “JUNTOS: Pessoas+Floresta+Amazônia”. A JBS já aportou R$ 10,2 milhões no instrumento.

De acordo com a companhia, o CRA será estruturado pela Vox Capital e prevê uma emissão total de R$ 100 milhões, sendo a primeira de R$ 50 milhões nesta semana, e a segunda em 2025, no mesmo valor. A expectativa é de que sejam alavancados mais de R$ 900 milhões via blended finance ao longo desse período, com melhoria do perfil de risco e retorno da operação e aumento da atratividade do setor privado.

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O instrumento tem o foco de escalar a pecuária regenerativa no bioma e os valores serão aplicados no atendimento de 3,5 mil pequenos criadores de gado atuantes na área da Amazônia Legal, oferecendo consultoria sobre o uso da terra, aumentando a rentabilidade e freando o desmatamento ilegal do bioma.

“Esse projeto é absolutamente disruptivo e tem um poder transformacional para a pecuária brasileira. Colocar o foco em produtividade para aumentar a sustentabilidade é o que vai garantir o engajamento nesse processo de transformação”, avalia Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS. “Por que o produtor rural não investe em genética e manejo do solo? Porque não tem capital nem assistência técnica. É aí que entra o programa Juntos”, completa.

De acordo com a empresa, o CRA conta com um diferencial: a existência de um comitê de risco e impacto. A frente será formada pela Vox, a Rio Capim e um integrante independente com a função de acompanhar as questões operacionais viabilizadas pelo programa. O comitê vai verificar o resultado das mitigações alcançadas e informá-las aos investidores interessados.

“Investidores e o pequeno produtor atuante na Amazônia Legal carecem de iniciativas com viabilidade técnica e financeira que apoiem a pecuária regenerativa de forma integrada. O programa JUNTOS, agora por meio do CRA com um comitê de prestação de contas, atenderão às demandas das duas pontas”, explica Valmir Ortega, CEO da Rio Capim.

A abordagem do CRA é via blended finance, com recursos oriundos de fundos concessionados e privados e centrados no projeto “JUNTOS” de agricultura regenerativa. A estimativa do Fundo JBS é investir até R$ 100 milhões nos próximos dez anos, alavancando mais de R$ 900 milhões entre recursos de Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), comerciais e doações – além de diversos tipos de instrumentos financeiros, como fundos de aval e fundos blended finance.

“O blended finance permite tanto para o emissor, como para o tomador do crédito, uma taxa muito competitiva. A partir dessa base, o emissor consegue alavancar seu próprio negócio, honrar com seu compromisso, e ao mesmo tempo, criar uma estrutura que o leve a oferecer uma taxa mais atrativa para o mercado. É uma operação ganha-ganha”, esclarece Daniel Brandão, diretor de nature-based solutions na Vox.

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