Ibovespa sobe com balanços de BTG e Azul no radar

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O Ibovespa iniciou as negociações com viés positivo nesta segunda-feira (13), com os balanços de BTG Pactual e Azul, entre outros, ocupando as atenções antes de uma nova bateria de resultados corporativos após o fechamento, que inclui os dados da Petrobras.

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A semana também começa com agentes financeiros na expectativa pela ata da última reunião de política monetária do Banco Central brasileiro (terça-feira) e de dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos (quarta-feira). Além disso, o mercado está atento às projeções do Boletim Focus.

Por volta das 10h25, o Ibovespa subia 0,43%, aos 128.142,70 pontos. O dólar à vista caía 0,59%, a R$ 5,1417 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento perdia 0,47%, a R$ 5,1500. Na última sessão, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1578 na venda, em alta de 0,28%.

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver a taxa básica de juros Selic a 9,75% neste ano depois da redução no ritmo de afrouxamento monetário, com inflação e crescimento da atividade mais altos de acordo com a pesquisa Focus.

O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostra elevação da estimativa para os juros básicos em relação à taxa de 9,63% esperada na semana anterior, na mediana das projeções. Para o final de 2025 a Selic segue sendo calculada em 9,0%.

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O movimento se dá depois do Banco Central ter optado na semana passada por fazer um corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, para 10,50% ao ano. A decisão foi tomada por 5 votos a 4, com todos os diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendendo flexibilização mais intensa dos juros, de 0,50 ponto. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, teve o voto de Minerva que definiu o ritmo mais lento.

“O que gerou apreensão entre os investidores foi o placar dividido… o que foi interpretado como uma antecipação de uma política monetária mais expansionista a partir do final de 2024, quando a composição do Comitê terá maioria de membros indicados pelo atual governo”, disse José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.

O BC divulgará a ata de seu último encontro de política monetária na terça-feira, antes da abertura dos mercados.

Enquanto isso, no exterior, a expectativa fica por dados de inflação dos Estados Unidos na quarta-feira, que podem definir as expectativas para cortes de juros no país. O núcleo do índice de preços ao consumidor deve ter subido 0,3% em abril sobre o mês anterior e 3,6% na base anual, de acordo com estimativas de economistas consultados pela Reuters.

A semana também trará leituras de preços ao produtor e dados de vendas no varejo dos EUA, bem como falas de dirigentes do Federal Reserve, num momento de grande atenção dos mercados a qualquer pista sobre quando será o primeiro ajuste na política monetária norte-americana.

Atualmente, expectativas implícitas no mercado futuro de juros sugerem que o Fed fará seu primeiro corte em setembro.

No cenário corporativo, o BTG Pactual registrou um crescimento do lucro líquido ajustado do primeiro trimestre para R$ 2,89 bilhões ante R$ 2,26 bilhões no mesmo período do ano passado. Já a Azul teve prejuízo líquido ajustado de 324,2 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 55,4% sobre o resultado negativo de um ano antes.

A Cemig encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido recorrente de R$ 1,15 bilhão, 9,1% inferior ao registrado há um ano, com impactos de aumento de custos e resultado financeiro.

(Com Reuters)

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