Ibovespa fecha em queda após semana marcada por balanços e Copom

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O Ibovespa encerrou as negociações desta sexta-feira (10) com uma queda de 0,46%, em meio a uma semana marcada por uma série de balanços corporativos e pela redução no ritmo do corte de juros no Brasil.

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O Ibovespa caiu 0,46%, a 127.599,57 pontos, acumulando na semana uma perda de 0,71%. Na máxima do dia, chegou a 129.021,93 pontos. Na mínima, a 127.466,58 pontos.

O volume financeiro somou R$ 22,9 bilhões.

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários abriram em alta, mas perderam força com queda na confiança do consumidor em maio. “O Ibovespa acabou sendo um pouco contaminado por isso”, afirmou Luan Alves, analista chefe da VG Research.

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As bolsas em Wall Street, contudo, retomaram fôlego mais à tarde, com Dow Jones em alta de 0,32%, S&P subindo 0,16% e Nasdaq praticamente estável (-0,03%), enquanto investidores digeriam falas de autoridades do Federal Reserve.

O Ibovespa não conseguiu seguir a mesma trajetória.

Na agenda doméstica, repercutiu ainda o IPCA de abril, que subiu 0,38%, depois de uma alta de 0,16% em março. Nos 12 meses até abril, o indicador avançou 3,69%, de 3,93% em março.

Para Alexsandro Nishimura, ecomomista e sócio da Nomos, o dado apresentou “inflação ligeiramente acima das projeções, mas mostrou desaceleração em serviços subjacentes, não alterando as expectativas para o ano”.

Na semana, as atenções também estiveram voltadas para uma bateria de balanços corporativos, decisão de juros pelo Banco Central, e as consequências relacionadas às inundações no Rio Grande do Sul.

“O Ibovespa ainda está lateralizado”, disse Alves, da VG Research. “Já tem alguns meses (que) ele fica nessa faixa entre 125 mil e 130 mil pontos.”

Destaques

– B3 ON (B3SA3) encerrou em queda de 2,41%, após registrar lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 949,6 milhões no primeiro trimestre, queda de 12,8% ano a ano, em meio a um cenário “adverso” para o mercado de ações, segundo a companhia.

– LWSA ON (LWSA3) recuou 4,09%, mesmo após balanço do primeiro trimestre do ano, com lucro líquido de R$ 24,5 milhões, bem acima dos R$ 6,5 milhões um ano antes. A receita operacional cresceu 6,3%.

– LOCALIZA ON (RENT3) perdeu 5,15%, apesar de apurar lucro líquido consolidado do primeiro trimestre 40,6% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Analistas do Santander destacaram que a dívida líquida da companhia aumentou cerca de R$ 850 milhões na comparação trimestral, em função principalmente de uma grande expansão nas necessidades de capital de giro. “A boa notícia é que a posição de alavancagem da empresa permaneceu estável trimestre a trimestre”, afirmaram.

– MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) despencou 7,78%, apesar de lucro líquido de R$ 27,9 milhões no primeiro trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 391,2 milhões um ano antes, em resultado com menores despesas financeiras e a sua maior margem Ebitda em quatro anos. A vendas online de bens de estoque próprio caíram 2%, o terceiro trimestre seguido de queda.

– VALE ON (VALE3) perdeu 0,34%, conforme o contrato futuro mais negociado de minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), na China, chegou a cair até 1,6% no início da sessão, para 857 iuanes (R$ 118,62) a tonelada, o menor valor desde 24 de abril. No entanto, se recuperou e fechou com alta de 0,3%, a 873,5 iuanes.

– ITAU UNIBANCO PN (ITUB4) fechou com elevação de 1,15% e BANCO DO BRASIL ON subiu 1,77%, enquanto BRADESCO PN registrou variação negativa de 0,59%, em sessão mista para bancos.

– PETZ ON (PETZ3) perdeu 5,24%, com o resultado do primeiro trimestre mostrando queda de 64,1% no lucro líquido, para R$ 6,9 milhões, em meio a um movimento de expansão de lojas e apesar de crescimento de receita. Investidores continuam atentos às negociações da empresa voltadas para uma potencial fusão com a rival Cobasi.

– SUZANO ON (SUZB3) caiu 1,9%, após balanço do primeiro trimestre, com queda de 96% no lucro líquido. Tendo como pano de fundo notícia da Reuters nessa semana de que a Suzano contatou an International Paper para uma possível oferta de aquisição. O CEO da Suzano, Walter Schalka, disse que a empresa manterá sua disciplina de capital, sem comentar a notícia especificamente.

– ALPARGATAS PN (ALPA4) subiu 3,31%, após o balanço do primeiro trimestre mostrar lucro líquido consolidado de 24,7 milhões de reais, revertendo prejuízo de quase R$ 200 milhões um ano antes, em resultado marcado por crescimento de receita operacional líquida e queda no custo dos produtos vendidos, com aumento da margem bruta.

– ALLOS ON (ALOS3) avançou 2,96%, tendo no radar plano de desinvestimento da operadora de shopping centers que pode gerar até R$ 1 bilhão em recursos, anunciado em paralelo à divulgação de lucro líquido de R$ 91,1 milhões no primeiro trimestre. Em razão do novo plano, a empresa disse que revisou sua projeção para alavancagem. A CFO Daniella Guanabara disse nesta sexta-feira que a empresa seguirá com estratégia de vender ativos que se tornaram “pequenos” no portfólio da companhia.

– RUMO ON (RAIL3) subiu 2,54%, após a transportadora logística reportar lucro líquido de 368 milhões de reais no primeiro trimestre, um salto de 418% em relação ao lucro de R$ 71 milhões apurado no mesmo período do ano anterior, impulsionado pelos maiores volumes e margens em todas as operações.

– PETROBRAS PN (PETR4) cedeu 0,22%, revertendo o tom mais positivo dos primeiros negócios, em meio à queda nos preços do petróleo no exterior, com o Brent encerrando em US$ 82,79  o barril, queda de 1,3%.

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