A colheita de soja e milho progrediu de forma lenta no Rio Grande do Sul na última semana devido às enchentes que atingiram o Estado, disse Claudinei Baldissera, diretor técnico da Emater, em entrevista à Reuters nesta quinta-feira (9).
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Com base em dados preliminares do órgão de assistência técnica rural, Baldissera afirmou que os produtores teriam colhido “no máximo” 78% dos campos de soja, o que representaria um avanço de dois pontos em relação à última quinta-feira.
Eles colheram potencialmente 85% da área de milho, um avanço de dois pontos percentuais em relação à semana anterior.
A Emater deve divulgar dados finais sobre a colheita de milho e soja por volta das 16h.
“Os produtores conseguiram colher algumas áreas na fronteira oeste,” disse Baldissera referindo-se à soja.
As maiores áreas ainda por colher, no entanto, estão exatamente onde ocorreram as piores inundações, disse ele.
Na região de Santa Maria e no sul do Rio Grande do Sul, os produtores foram obrigados a atrasar o plantio da soja em uma ou duas semanas devido ao excesso de chuvas na época da semeadura, segundo o diretor.
Baldissera disse que ali se concentra a maior parte da soja ainda nos campos.
Segundo dados da Emater, os produtores gaúchos plantaram milho em cerca de 812 mil hectares e soja em quase 6,7 milhões de hectares.
Neste momento, a Emater tenta quantificar as potenciais perdas nas lavouras resultantes das fortes inundações, bem como a extensão dos danos causados aos silos de alimentos localizados em regiões mais baixas, disse Baldissera.
É possível que silos de soja e arroz tenham sido atingidos, disse ele, acrescentando que apenas nas próximas semanas será possível aferir melhor as perdas nas lavouras e danos às estruturas de armazenamento.
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