O Ibovespa começou as negociações desta terça-feira (7) em alta, em linha com o alívio externo sobre as perspectivas de afrouxamento monetário nos Estados Unidos. Enquanto isso, no Brasil, o foco está no ritmo de redução da taxa Selic a ser adotado pelo Banco Central em seu encontro desta semana.
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Às 10h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava uma alta de 0,59%, alcançando os 129.222,21 pontos. O dólar à vista estava em queda de 0,25%, cotado a R$ 5,06 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento apresentava um leve aumento de 0,01%, atingindo R$ 5,086.
Um relatório do mercado de trabalho dos EUA divulgado na semana passada, mais fraco do que o esperado, aumentou as apostas de que o banco central dos EUA adotará uma política monetária mais flexível ainda este ano. Os operadores agora preveem cerca de dois cortes nos juros até o final de 2024.
Antes desses dados de emprego, a visão era mais pessimista, com previsão de apenas um ajuste nos juros – e com parte dos mercados até mesmo descartando alterações na política monetária.
No Brasil, a expectativa está voltada para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que iniciará seu encontro de dois dias nesta terça-feira para deliberar sobre os juros.
O boletim semanal Focus e os contratos futuros de juros indicam uma perspectiva de redução do ritmo de corte da Selic para 0,25 ponto percentual. A maioria dos economistas consultados em pesquisa da Reuters também acredita em uma desaceleração para 0,25 ponto, embora uma parcela expressiva aposte na manutenção do ritmo de 0,50 ponto visto nas últimas seis reuniões.
De maneira geral, quanto mais o Federal Reserve cortar os juros e quanto menos o BC afrouxar a política monetária local, melhor para o real, devido ao impacto nos retornos para investidores em renda fixa.
No entanto, muitos participantes do mercado têm alertado que, se a eventual decisão do BC de desacelerar o afrouxamento for motivada por elevadas incertezas fiscais, isso poderia neutralizar o efeito positivo para o real, uma vez que a saúde das contas públicas também é um fator considerado nas decisões de investimento.
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Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX, observou que os estragos causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, além de uma tragédia humanitária, contribuem para a incerteza fiscal, com o governo mobilizando esforços para prestar assistência ao Estado. Isso também afeta a incerteza inflacionária, já que a produção de muitos insumos foi afetada.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou nesta terça-feira que o projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade no Rio Grande do Sul deve ser aprovado. Esse decreto legislativo abre caminho para o envio de recursos federais ao Estado sem que isso afete a meta fiscal do governo.
Resultados corporativos
Em relação aos balanços corporativos, o Itaú, o maior banco brasileiro, registrou um lucro líquido recorrente de R$ 9,77 bilhões nos primeiros três meses do ano, um pouco acima da média das projeções compiladas pela LSEG, de R$ 9,73 bilhões, conforme dados divulgados nesta segunda-feira. Na base trimestral, houve um aumento de 3,9%.
A Embraer divulgou um prejuízo líquido ajustado de R$ 63,5 milhões no primeiro trimestre, em comparação com um prejuízo de R$ 460,5 milhões no mesmo período do ano passado. A empresa entregou 25 aeronaves no período, um aumento de 67% em relação ao ano anterior, o que resultou em uma receita líquida 19% maior, totalizando R$ 4,5 bilhões.
A Rede D’Or obteve um lucro líquido de R$ 835,5 milhões no período, superando a estimativa média de analistas, que era de R$ 661,5 milhões.
A Vamos teve um lucro líquido de R$ 183 milhões no primeiro trimestre, superando a expectativa média dos analistas, que era de um lucro de R$ 166,3 milhões.
A TIM Brasil registrou um lucro líquido normalizado de R$ 519 milhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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