O.J. Simpson, o ex-astro do futebol americano que foi absolvido do assassinato de sua esposa, Nicole Brown Simpson, e de um amigo dela, Ron Goldman, em um caso que mobilizou os Estados Unidos nos anos 1990, morreu após lutar contra um câncer, de acordo com declaração de sua família nas redes sociais.

A publicação informou que ele morreu na quarta-feira (10), cercado por seus filhos e netos.

Quem foi O.J. Simpson

Depois de ser considerado inocente no que a mídia americana chamou de “o julgamento do século”, O.J. Simpson cumpriu nove anos em uma prisão de Nevada após ser condenado em 2008 por acusações de assalto à mão armada em um hotel de Las Vegas.

Apelidado de “The Juice”, foi um dos melhores e mais populares atletas do final dos anos 1960 e 1970. Ele superou uma doença infantil para se tornar running back na Universidade do Sul da Califórnia e ganhou o Troféu Heisman como o melhor jogador de futebol americano universitário. Após uma carreira impressionante na NFL com o Buffalo Bills e o San Francisco 49ers, ele foi introduzido no Hall da Fama do Futebol Americano.

Simpson transformou seu sucesso no futebol americano em uma carreira como comentarista esportivo, garoto-propaganda e ator de Hollywood, em filmes como a série “Naked Gun”.

Tudo isso mudou depois que Nicole Brown Simpson e Goldman foram encontrados mortos a facadas em uma cena sangrenta do lado de fora da casa dela em Los Angeles, em 12 de junho de 1994.

Simpson rapidamente se tornou o principal suspeito. Ele recebeu ordens de se render à polícia, mas cinco dias após os assassinatos, fugiu em seu Ford Bronco branco com um ex-companheiro de equipe.

O que se seguiu foi um dos julgamentos com maior repercussão dos EUA. Envolvia um réu famoso e rico, um homem negro acusado de matar sua ex-esposa branca por ciúmes, uma mulher morta após se divorciar de um homem que a espancava, um “dream team” de advogados de defesa caros e carismáticos e uma enorme gafe por parte dos promotores.

O. J. Simpson, que no início do caso se declarou “100% inocente”, acenou para os jurados e murmurou as palavras “obrigado” depois que o painel predominantemente negro de 10 mulheres e 2 homens o absolveu em 3 de outubro de 1995.

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