Balanço do YouTube mostra que programa de parcerias já movimentou R$ 138 bi

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Manuella Villela assumiu o posto de gerente do ecossistema de criadores do YouTube em janeiro de 2020, mas está na empresa de vídeos do Google desde julho de 2014.

Lançado em 2008, o Programa de Parcerias do YouTube (YPP) pagou US$ 70 bilhões (R$ 138 bilhões) para os criadores de conteúdo da plataforma nos últimos três anos. Manuella Villela, gerente do ecossistema de criadores no Brasil, afirma que “o propósito do YPP é que o conteúdo se torne uma fonte de renda para as pessoas”.

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De acordo com a Comscore, a rede de vídeos do Google possui cerca de 120 milhões de usuários mensais no Brasil. E, em 2022, o YouTube teve um impacto de R$ 4,5 bilhões para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. 

Atualmente, com o aumento do interesse do público por vídeos curtos, a aposta da plataforma é na ferramenta “Shorts”, que já recebe mais de 70 bilhões de visualizações diárias.

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O programa de monetização do YouTube Shorts completou um ano no Brasil em março de 2024. Desde sua introdução, mais de 25% dos canais monetizados estão ganhando dinheiro por meio dos vídeos curtos. “O formato Shorts permite que qualquer pessoa com um celular seja criadora de conteúdo”, comenta Villela.

Em entrevista à Forbes Brasil, Manuella Villela, gerente do ecossistema de criadores do YouTube, fala sobre os aprendizados da plataforma com os vídeos curtos. Confira:

Forbes Brasil: Por que o YouTube decidiu entrar no mercado de vídeos curtos?

Manuella Villela: O YouTube lançou o Shorts como uma evolução fundamental para a plataforma, seguindo um movimento cultural em direção à criação e consumo de vídeos curtos. O formato de Shorts permite que qualquer pessoa com um celular seja criadora de conteúdo. Além disso, proporciona uma experiência divertida para os usuários desfrutarem nos intervalos do dia. O YouTube é uma plataforma multi formato.

FB: Houve alguma mudança em relação aos vídeos longos depois da introdução do Shorts?

MV: A mudança que identificamos foi positiva, pois os criadores estão usando cada vez mais o Shorts como um complemento para os outros formatos que também são encontrados no YouTube, como vídeos longos, ao vivo, podcast e outros. Ou seja, os Shorts contribuem para que os outros conteúdos que também estão na plataforma ganhem ainda mais audiência e visualizações.

FB: Quais foram os principais aprendizados da plataforma com a adição do Shorts?

MV: O principal aprendizado da plataforma com a adição do Shorts é que os conteúdos curtos não necessariamente vieram para canibalizar os outros formatos, mas sim para fortalecê-los. O Shorts virou a porta de entrada para alguns criadores e por vezes funciona como estratégia.

FB: Como o algoritmo do Shorts é treinado?

MV: Nosso sistema não tem opinião sobre o tipo de conteúdo criado e também não favorece nenhum formato específico. Consideramos as escolhas dos espectadores e alguns indicadores para recomendações:

Shorts ou canais que o espectador gostou;
Temas ou assuntos que o espectador assiste;
Músicas em alta ou áudios remixados com que o público pode interagir.

FB: Alguma novidade está por vir para os criadores do YouTube? 

MV: Anunciamos, em fevereiro, o YouTube Create, um aplicativo que ajuda os criadores a tornar a edição de vídeos mais simples e fácil. Ele faz a limpeza de áudio, sincroniza as batidas, tem uma biblioteca de música livres de royalties, possui uma ferramenta de narração e legendas automáticas. Além de efeitos, filtros e adesivos e muito mais.

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