De acordo com o relatório anual de cibersegurança da IBM, no Brasil, os setores de Energia e Varejo foram os mais prejudicados por ataques cibernéticos ao longo de 2023, cada um com 41% dos casos. Entre os países da América Latina, o Brasil continua como o maior alvo de criminosos. “Existe um motivo importante para isso: a expansão da superfície das empresas. Com o crescimento da presença digital pós-pandemia, as companhias buscam por novas ferramentas de tecnologia e, consequentemente, os espaços vulneráveis crescem”, explica Fábio Mucci, líder de segurança da IBM Brasil.
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No período pandêmico, durante a corrida para digitalização das organizações mundo afora, a segurança ficou em segundo plano. O motivo? Para alguns executivos, a infraestrutura tecnológica não é uma questão de negócio. Segundo Marcos Oliveira, country manager da Palo Alto, “a conscientização precisa começar de cima. Afinal, são os líderes que precisam ter clareza sobre o valor de seus dados e a resposta para a pergunta: ‘se um vazamento ocorrer, o que a empresa perde?’”
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Da cadeia de suprimentos ao gerenciamento humano, as brechas para invasores estão presentes em diferentes departamentos de uma instituição. Para Marcos Simplicio, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e membro do IEEE, o fator humano é crucial: “Pessoas são enganadas com mais facilidade, um simples e-mail pode ser responsável pelo comprometimento de um dado sigiloso.”
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Por outro lado, também existem incontáveis maneiras de construir uma organização segura o suficiente para que os golpistas não consigam chegar longe. Pode-se dizer que a principal delas é o conhecimento. A partir do momento em que todos — do C-level ao operacional — estão alinhados sobre as consequências de um incidente virtual e sabem como responder rapidamente a isso, as chances de efetivação do crime caem drasticamente.
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