A dívida da companhia de energia italiana Enel atingiu € 60,1 bilhões em 2023 (R$ 324,5 bilhões), de acordo com o balanço financeiro divulgado pela companhia na última semana. O montante se aproxima da capitalização de mercado da empresa, que totaliza € 62,2 bilhões (R$ 338 bilhões). Atualmente, a Enel é a maior companhia da Bolsa da Itália.
Ao passo que a dívida da Enel aumenta, o valor de suas ações caem. Apenas em 2024, os papéis da companhia já perderam 8,5% de seu valor. Desde a máxima registrada pela empresa no início de 2021, de € 8,52 por papel, os ativos recuaram 39,4%, cotados a € 6,11 na tarde desta quinta-feira (28).
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Atualmente, a Enel é responsável pela distribuição de energia em 29 países e a América Latina representa o seu 2º maior mercado, ficando atrás apenas de seu país natal. Dentro da região, Brasil e Chile são os maiores consumidores dos serviços da companhia.
Recentemente, países como Argentina e Estados Unidos relataram problemas com a empresa. Em terras norte-americanas, a Enel foi condenada pela justiça e terá que desmontar uma estrutura de geração de energia eólica com 84 turbinas, após um processo de 12 anos movido pelo povo indígena Osage.
Na Argentina, assim como no Brasil, o gargalo da companhia tem sido a falta de energia. No ano passado, o país vizinho multou a empresa em US$ 5,1 milhões por cortes de eletricidade.
Por aqui, a concessionária foi multada em R$ 165 milhões pela Aneel, por causa do apagão ocorrido em São Paulo em 3 de novembro de 2023. Na ocasião, cerca de 4 milhões de pessoas da capital paulista ficaram sem luz. No começo do mês, a situação se repetiu, deixando moradores do centro da cidade no escuro por mais de três dias.
Com os problemas, a receita da companhia recuou 32% no último ano, atingindo € 95,5 milhões no período. Apesar disso, o lucro da Enel subiu, atingindo € 3,43 milhões.
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