OpenAI em Hollywood: por que esse encontro pode mudar o futuro do cinema?

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O curta-metragem de ficção científica “Sunspring”, de 2016, foi o primeiro filme escrito por uma ferramenta de IA.

A OpenAI, dona do ChatGPT, está marcando reuniões com grandes estúdios e executivos de Hollywood para introduzir sua ferramenta de inteligência artificial para criação de vídeos a partir de textos, o Sora.

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De acordo com fontes entrevistadas pela Bloomberg há poucos dias, o objetivo da empresa é aproximar os cineastas da ferramenta e discutir possíveis parcerias para produção de conteúdos audiovisuais.

O site de notícias também aponta que Sam Altman, CEO da OpenAI, participou de festas em Los Angeles durante o fim de semana do Oscar — típico mecanismo de movimentação para demonstrar os interesses de sua empresa e conquistar alguma influência.

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A aproximação da dona do ChatGPT com a industria do entretenimento ocorre meses após a inteligencia artificial ter sido elemento importante durante a greve dos roteiristas e atores de Hollywood em 2023. Após 148 dias de paralisação, a segunda maior da história da categoria, os trabalhadores encerraram as manifestações após a Associação de Escritores da América negociar melhores condições de trabalho com os estúdios.

O acordo envolveu um investimento de US$ 233 milhões, bônus proporcionais ao sucesso do filme ou série, aumento no número de roteiristas por equipe e limitações sobre IA.

Em entrevista à Forbes Brasil, Thiago Romariz, cofundador da plataforma Chippu e especialista em entretenimento e cultura pop, explicou as possibilidades para utilização de IA no mercado audiovisual: “É natural que aconteça uma integração das ferramentas de inteligência artificial na produção audiovisual. Assim como a criação de personagens digitais ocorreu há 30 anos. Mas essa forma de criação traz também um desafio muito grande em relação à proteção dos direitos autorais.”

Para proteger os artistas, roteiristas e outros profissionais criativos, ele aponta a regulamentação como principal saída.”Precisamos saber de onde que as ferramentas tiram determinadas referências e quais são os artistas que inspiram as produções. É preciso ter uma regulamentação pensada para isso. Não podemos permitir que a IA generativa roube informações e talentos de outros lugares.”

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