O Ibovespa opera em alta de 0,37% na abertura do pregão desta segunda-feira (18), a 127.213 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Toda a atenção do mercado nesta semana estará voltada para as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil, e do Federal Open Market Committee (Fomc) nos Estados Unidos, que darão sinais importantes sobre os juros ao longo de 2024.
O dólar recuava 0,11% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9919.
A deflação do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) perdeu mais força do que o esperado em março diante da pressão dos preços no atacado, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
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Em março, o IGP-10 registrou queda de 0,17%, contra recuo de 0,65% no mês anterior e taxa negativa de 0,30% esperada em pesquisa da Reuters.
Com isso, o índice passa a acumular em 12 meses deflação de 4,05%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 0,40% em março, depois de cair 1,08% no mês anterior.
A alta dos preços dos bens finais acelerou de 0,33% em fevereiro para 0,49%, enquanto os bens intermediários passaram a subir em março 0,07%, de queda de 0,93% antes. Já as matérias-primas brutas caíram 1,85% em março, após recuo de 2,63% em fevereiro.
“Dentre os bens finais, o item que exerceu maior influência sobre o índice foi o subitem ovos, que apresentou uma variação significativa de -1,80% para 12,44%”, destacou André Braz, economista do FGV IBRE.
A atividade econômica do Brasil iniciou 2024 com crescimento bem acima do esperado em janeiro, mostraram dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira, reforçando a visão de que a economia passa por um momento favorável mesmo que tenha desacelerado em relação ao final do ano passado.
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,60% no primeiro mês do ano, de acordo com dado dessazonalizado.
No cenário corporativo, a Marisa Lojas teve queda de 28% nas vendas mesmas lojas do quarto trimestre sobre o mesmo período de 2022, com a empresa citando impacto de “retomada parcial de recomposição de estoque”, segundo prévia do resultado da companhia divulgada na noite da véspera.
A companhia apurou queda de 41% na receita líquida, a R$ 409 milhões no período, desempenho que a empresa atribuiu a uma recomposição de estoque num ritmo “mais lento que o necessário para suportar um maior volume de vendas”.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do varejo veio negativo em R$ 35 milhões, revertendo resultado positivo de R$ 24 milhões um ano antes.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, as autoridades do Federal Reserve não devem cortar a taxa de juros dos Estados Unidos nesta semana, mas suas novas projeções econômicas podem sinalizar menos cortes e um início mais tardio do afrouxamento da política monetária do que eles haviam estimado anteriormente.
A manutenção da taxa de juros no atual nível elevado por um período mais longo poderia ter grandes implicações para as famílias e empresas norte-americanas, especialmente em um ano de eleições presidenciais em que a situação da economia já é um ponto central de discussão para o presidente norte-americano, Joe Biden, e seu adversário republicano, Donald Trump.
As apostas do mercado ainda apontam para a reunião de 11 e 12 de junho do Federal Reserve como o início mais provável para reduções na taxa de juros dos EUA, que permanece na faixa de 5,25% a 5,50% desde julho passado.
Na Ásia, as ações da China fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionadas por dados que mostraram que a produção industrial e as vendas no varejo do país superaram as expectativas no período de janeiro a fevereiro, enquanto as últimas medidas do órgão regulador de valores mobiliários também ajudaram.
Pequim informou que a produção industrial subiu 7% em janeiro e fevereiro na comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto as vendas no varejo aumentaram 5,5%. No entanto, o setor imobiliário continuou a ser uma preocupação, já que o investimento em imóveis caiu 9% no ano, reforçando a necessidade de mais medidas de apoio.
As ações asiáticas em geral também se firmaram, já que os dados chineses surpreenderam positivamente, enquanto os investidores procuravam navegar em um campo minado de reuniões de bancos centrais nesta semana que podem levar ao fim dos recursos livres no Japão e um caminho mais lento para os cortes nos juros dos Estados Unidos.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,10%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,14%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,99%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 2,67%.
(Com Reuters)
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