Muitos pacientes com câncer têm tido dúvidas sobre a vacinação contra a dengue. A epidemia da doença, já registrada em vários Estados, coloca mais um alerta importante sobre a prevenção e os cuidados especiais para quem está em tratamento oncológico.
A vacina da dengue disponível no mercado é produzida com o vírus atenuado. Por isso, não é indicada para pacientes que estejam em tratamento que diminua a imunidade, como a quimioterapia.
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Vale ressaltar que o imunizante não deve ser tomado por pessoas acima dos 60 anos, gestantes e crianças menores de 4 anos, segundo indicação do fabricante.
No entanto, mulheres e homens em tratamento com hormonioterapia para câncer de mama ou próstata, por exemplo, terapias que não influenciam negativamente em diminuir a imunidade, estão aptos à vacinação. Quem terminou o seu tratamento de três a seis meses, também com imunidade normal, não têm contraindicação.
A mensagem principal é para que o paciente converse com seu médico e avalie os benefícios da vacinação, caso ela esteja disponível. São necessárias duas doses para a imunização.
E, tão importante quanto esta consulta, é a prevenção. A orientação é a mesma para a população em geral: o combate aos focos de água parada e a utilização de repelente, que deve ser aplicado e reaplicado seguindo as instruções do fabricante, em todas as áreas do corpo que não estão cobertas.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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