Os contratos futuros de milho negociados na bolsa de Chicago caíram nesta sexta-feira para menos de US$ 4 por bushel no primeiro vencimento pela primeira vez desde novembro de 2020, já que grandes estoques norte-americanos restantes da colheita de 2023 pesaram no mercado, disseram traders.
O milho é o produto agrícola mais comercializado no mundo e muitas vezes dá o tom para outras safras, e a queda do preço é um mau sinal para os agricultores que já estão vendo seus rendimentos corroídos pelos elevados custos de sementes, mão-de-obra e equipamentos.
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As melhores perspectivas para o milho no Brasil e na Argentina, além de uma colheita recorde nos EUA no ano passado, ajudaram a fazer com que os contratos futuros de milho de Chicago caíssem 15% desde o início do ano.
Por volta das 15h (horário de Brasília), o milho era negociado a cerca de 4 dólares, depois de cair para 3,985 dólares.
O milho foi negociado acima de 6 dólares por bushel no final de junho.
O tamanho e a velocidade do colapso dos preços afetaram os agricultores dos EUA, que mantinham impressionantes 7,83 bilhões de bushels de milho em depósitos em suas fazendas em 1º de dezembro, o maior volume já registrado naquela data, e um aumento de 16% em relação à mínima de nove anos em dezembro de 2022, segundo dados do governo dos EUA.
“Entrar nesse nível (4 dólares) não é um bom sinal”, disse Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group, com sede em Chicago. “Sejamos realistas: estamos ficando bem abaixo do custo de produção para muitos produtores, disse Scoville.
Os agricultores com grãos armazenados tentarão evitar vender com prejuízo o máximo que puderem, disse Scoville, mas os preços ficarão sob pressão renovada à medida que os produtores forem obrigados a vender para levantar dinheiro.
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