Interface cérebro-computador: como é possível mover objetos com a mente?

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Hans Berger foi o primeiro cientista a detectar a atividade elétrica do cérebro humano.

A Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk, implantou um chip no cérebro humano pela primeira vez no mês passado. De acordo com Musk, o primeiro paciente do estudo já está recuperado e é capaz de controlar um mouse de computador usando o pensamento.

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Embora o implante tecnológico seja uma revolução, a tecnologia por trás do acontecimento já é reconhecida. A “Interface Cérebro-Computador”, como é chamada a técnica que permite o envio de informações da atividade cerebral para máquinas, é estudada pela medicina para ajudar pacientes com deficiências motoras há algum tempo.

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Hans Berger foi o primeiro cientista a detectar a atividade elétrica do cérebro humano. Ele também coordenou as primeiras pesquisas sobre interface cérebro-computador, na década de 1970, na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

Em 2012, dois pacientes com paralisia corporal controlaram um braço robótico com a suas mentes. “Eles beberam água sem ajuda pela primeira vez em quase 15 anos”, escreveu a BBC na época. A revista Nature explicou o estudo como “a ligação de um sensor implantado no cérebro a um computador que traduz sinais elétricos em comandos”.

Nos últimos anos, outros casos emblemáticos surgiram. Nathan Copeland, de 36 anos, deu uma entrevista à The Wired contando sobre sua experiência com uma interface cérebro-computador há mais de sete anos. Tetraplégico desde 2004, Copeland participou de um estudo em 2014 para instalar cirurgicamente quatro matrizes cerebrais. Atualmente, ele é capaz de controlar dispositivos como computador, videogames e também um braço robótico.

Ian Burkhart tem uma história parecida. Após um acidente que o deixou tetraplegico, ele participou de um programa experimental para implantar um chip em seu cérebro. A diferença é que Burkhart ainda tinha algumas células tronco funcionando. Então, dentro de um ano, ele restaurou parcialmente o movimento da mão.

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Exemplo de uma ferramenta não invasiva de monitoramento cerebral.

Durante a CES 2024, principal evento de negócios de tecnologia do mundo, outro tipo de tecnologia que opera com a integração de cérebros e máquinas foi apresentado: um sistema que pode decodificar pensamentos e transformá-los em texto. Os pesquisadores do núcleo de inteligência artificial da Universidade de Tecnologia de Sydney, os responsáveis pela novidade, afirmaram que o aparelho pode auxiliar na comunicação para pessoas incapazes de falar.

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