Novidades promissoras para tumores de próstata, rim e bexiga

  • Post author:
  • Reading time:3 mins read
Getty Images

Simpósio de câncer geniturinário trouxe novidades sobre o câncer de rim e outros tumores

O simpósio de câncer geniturinário, realizado pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica no fim do mês de janeiro, apresentou estudos bastante interessantes para tumores frequentes entre a população brasileira.

Na área de câncer de próstata, o tumor mais comum do homem no Brasil, foram apresentados estudos relevantes para casos em que a doença já se apresenta em estágio avançado. São tratamentos que utilizam novas drogas que evitam que o tumor se reconstitua, ou seja, que volte a se fortalecer.

Leia também:

Por cuidados mais justos contra o câncer
Câncer de intestino: os benefícios do diagnóstico precoce também para menor risco de recidiva
Prevenção do câncer de fígado pode exigir mudanças no estilo de vida

Estas drogas são chamadas inibidores da PARP, uma nova classe de medicamentos que têm ganhado destaque também para casos de mama e ovário. Vale ressaltar, no entanto, que este tratamento não é indicado para todos, mas apenas para um grupo de pacientes que têm alterações moleculares específicas, verificadas nos exames da patologia.

De qualquer forma, representam boas expectativas para a redução de risco da progressão da doença e melhor qualidade de vida para o paciente.

Boas notícias para o tratamento de tumores de bexiga e rim

O evento também trouxe novidades para o tratamento de câncer de bexiga, o nono tipo de tumor mais comum no homem. São mais de 500 mil casos novos por ano no mundo, 11 mil destes aqui no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Interessante apontar que, até pouco tempo, tínhamos poucos avanços nesta área da Oncologia. Isso mudou nos últimos anos, com a introdução de novas medicações que propiciam respostas fantásticas, sobrevidas mais duradoras. Para o tratamento desta doença, quando muito agressiva, temos a indicação da imunoterapia e dos chamados anticorpos conjugados à droga, moléculas que se ligam ao tumor e liberam substâncias específicas dentro dele, numa estratégia que visa a impedir que as células com câncer se espalhem.

Estes avanços são fundamentais, pois hoje podemos propor estratégias com o objetivo de curar a doença, algo que até pouquíssimo tempo era virtualmente improvável.

A imunoterapia também foi destaque de um dos estudos apresentados para o tratamento de pacientes com câncer de rim com risco para recidiva depois de uma cirurgia. Os pesquisadores avaliaram o tratamento com um medicamento chamado Pembrolizumabe, que estimula o sistema imune a trabalhar melhor contra o tumor.

A pesquisa que envolveu quase mil pacientes – em que metade recebeu esta medicação no período pós cirurgia e a outra parte recebeu placebo – mostrou uma redução do risco de morte de 38% entre o grupo que utilizou o remédio. Trata-se de uma excelente notícia, mais um grande avanço na Medicina e na Oncologia.

Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

O post Novidades promissoras para tumores de próstata, rim e bexiga apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Deixe um comentário