O grupo BHP disse nesta sexta-feira que iria analisar uma decisão da Justiça Federal brasileira que condena a empresa, a Vale e a Samarco de pagamento de indenização de R$ 47,6 bilhões pelo colapso em 2015 da barragem de Fundão.
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A mineradora disse que sua unidade BHP Brasil não havia recebido a decisão judicial, acrescentando que o grupo analisaria sua implicação, o potencial para recurso e qualquer impacto potencial em sua provisão relacionada ao colapso da barragem.
A Justiça condenou as empresas ao pagamento de indenização de R$ 47,6 bilhões em danos morais coletivos pelo rompimento de uma barragem da Samarco – uma joint venture da Vale com a BHP – em Mariana (MG), há oito anos, que matou 19 pessoas e levou a uma grave poluição do rio Doce.
A decisão ocorre após as negociações para uma repactuação de um termo inicial para reparação dos danos – assinado entre as mineradoras e autoridades ainda em 2016 – terem sido paralisadas em dezembro.
A BHP havia reservado US$ 3,7 bilhões em provisões relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco, de acordo com seu relatório anual de 2023.
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A BHP disse que sua unidade está “totalmente comprometida em apoiar os extensos esforços de remediação e compensação em andamento no Brasil” por meio de uma fundação sem fins lucrativos que foi estabelecida após o rompimento da barragem.
“Embora os balanços patrimoniais de ambas as empresas devam ser capazes de lidar com essas saídas de recursos, acreditamos que isso poderia gerar retornos de capital mais baixos ao longo do tempo/empurrar a dívida líquida no caso da BHP para o teto de sua meta de 15 bilhões de dólares”, disseram analistas da RBC em uma nota.
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