Buscando diversificação, investidor brasileiro quer imóveis em Portugal

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Vista aérea da cidade do Porto: desde 2020, brasileiros se tornaram os principais compradores internacionais de residências em Portugal

Nos últimos dois anos, foram emitidos 46,7 mil alvarás de construção em Portugal. No mesmo período, foram entregues 30 mil unidades no país, de acordo com o estudo “Living destination 2023”, realizado pela consultoria imobiliária internacional JLL.

Os números são expressivos e chamam a atenção dos brasileiros que, desde 2020, se tornaram os principais compradores internacionais de residências em Portugal, segundo a plataforma portuguesa Idealista. Além dos cerca de 400 mil brasileiros que vivem em terras lusitanas, os empreendimentos chamam atenção de investidores que não têm a intenção de viver por lá, mas sim aproveitar as oportunidades de aluguel dos imóveis.

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Os dados chamaram a atenção da maior construtora do país, a Mota-Engil, que está lançando um empreendimento imobiliário que tem como foco o público brasileiro. O imóvel, no qual o Valor Geral de Vendas (VGV) total chega a € 80 milhões de euros, espera vender 20% de suas unidades para brasileiros, que custam € 1,7 milhão cada.

“A crescente procura por propriedades em Portugal revelou uma oportunidade única de investimento para nós”, afirma a construtora. “Conhecendo e respondendo às necessidades de diversos compradores, oferecemos variadas oportunidades de investimento no país. O lançamento Aurios, localizado no Porto, se destaca pela exclusividade e agrada os mais elevados padrões, que incluem os brasileiros.”

A construtora selecionou a imobiliária brasileira Castaño Martorani, que tem como foco a venda de imóveis internacionais, para realizar a promoção das unidades por aqui. “Para nós, é uma grande chancela receber a confiança de uma empresa tão grande”, afirma o fundador da imobiliária, Leandro Castaño Martorani. “A Mota-Engil entende que nós compramos imóveis de forma diferenciada no Brasil e que é preciso ter um especialista no assunto para impulsionar o novo empreendimento.”

O projeto do Aurios tem 48 imóveis, entre apartamentos e casas, que variam de 240 a 350 metros quadrados

O executivo afirma que 60% dos imóveis vendidos por sua empresa são voltados para investimento, enquanto cerca de 30% são destinados para o mix férias e investimentos e apenas 10% compram imóveis para moradia. E, com o Aurios, não deve ser diferente.

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“Hoje, nós atendemos cerca de 22 mil clientes por ano e em 2023 aproximadamente 35% das buscas foram focadas em Portugal, demonstrando enorme interesse do nosso público e alto potencial de oportunidades no país, tanto para investir como para passar férias”, diz Martorani.

Para o executivo, o momento do mercado é importante, já que as construtoras e os proprietários da Europa estão percebendo que é preciso ter um imóvel com perfil internacional para chamar a atenção dos públicos de fora de Portugal. Ele explica que não adianta oferecer um apartamento de 300 metros quadrados de área se não houver garagem e com apenas um banheiro. Os públicos brasileiro e norte-americano de alto padrão buscam conforto e algo semelhante ao que tem em sua terra natal. “O mercado internacional demanda outro tipo de estrutura e eles estão começando a entender isso. E esse é o caso do Aurios”, diz Martorani.

Na visão de Martorani, o investimento internacional é um caminho obrigatório para quem busca proteção cambial e patrimonial. “Antigamente, apenas milionários podiam comprar imóveis fora do Brasil, mas hoje isso é possível para  uma parcela muito maior da população”, diz. “Existem oportunidades em Portugal por € 150 mil e por € 20 milhões”, afirma. “Tem espaço para todo mundo.”

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