Investir em ESG tem se tornado cada vez mais indispensável para grandes empresas. Além da exigência do mercado, investidores e consumidores, o comprometimento com temas da sigla também é motivado pelos resultados que gera — segundo o relatório ESG Radar 2023, da Infosys, a cada 10% de investimento em ESG, as companhias podem registrar aumento de 1% em seus lucros.
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O levantamento foi realizado com base em companhias de todo o mundo com faturamento superior a US$ 500 milhões, que, naturalmente, têm mais dinheiro para destinar a causas ambientais, sociais e de governança. Mas e as pequenas e médias empresas?
“Elas provavelmente não conseguem ter uma agenda ESG, porque esbarram no preço, na dificuldade ou na burocracia”. A avaliação é de Bia Martins – fundadora da ONG Olhar de Bia – e Mateus Ferrareto – sócio-fundador da Eco Flame Garden -, empreendedores reconhecidos pela lista Forbes Under 30 2022 que identificaram esses obstáculos e, com o objetivo de democratizar a sigla no país, se juntaram para criar o ESG Pro Brasil. “Afinal, essa é uma agenda para ontem, porque já estamos sofrendo sofrendo com o aquecimento global, com a desigualdade etc. A gente precisa mudar isso agora, de uma maneira simples e acessível para as pessoas”, diz Bia.
O que é o ESG Pro Brasil
Lançado oficialmente nesta terça-feira (22), o ESG Pro Brasil oferece o Selo ESG Pro, que desde o momento da adesão vai além de apenas uma certificação: assim que a empresa — de qualquer tamanho e área de atuação — escolhe um dos planos, que custam entre R$ 97,75 e R$ 881,37 mensais, uma parte do valor é repassada para 180 instituições parceiras.
A partir disso, é iniciada a chamada “trilha ESG”, na qual a empresa é acompanhada e educada por especialistas para implementar desde medidas simples, como substituição de copos de plástico, por exemplo, até mais complexas, como carbono neutro. A educação, inclusive, é o maior pilar da iniciativa. “Isso é o mais importante, o selo é uma consequência disso. Uma vez que a empresa se educa para se tornar socialmente responsável, no final do dia ela já está impactando, e isso sim que muda o jogo”, afirma Bia. “A trilha vem para fazer com que o ESG não seja mais só uma pauta a ser seguida, e sim uma cultura e um hábito dentro de todas as empresas”, completa Mateus.
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Para agir nesse sentido, o ESG Pro disponibiliza, além de e-books, uma plataforma de treinamento e conteúdo de marketing social.
Os benefícios, no entanto, não param por aí: taxa de cartão de crédito reduzida, clube de cashback, clube de networking e eventos exclusivos, dependendo do plano escolhido, também estão incluídos no selo.
Quem está por trás do ESG Pro Brasil
Além dos fundadores, uma equipe de conselheiros é responsável por fazer a roda do ESG Pro Brasil girar rumo ao impacto positivo. Luciana Lancerotti, ex-CMO da Microsoft; Daniela Garcia, CEO do Instituto Capitalismo Consciente Brasil; Danni Mnitentag, executivo da Oracle; e Alvaro Schocair, fundador e CEO da Link School of Business, estão entre os nomes por trás do projeto.
“Nós somos dois jovens que têm um Conselho muito experiente. São pessoas bem posicionadas, que já têm uma vasta trajetória no mercado de uma maneira geral, cada um em uma frente que abordamos. Acho que esse contraste entre nós, jovens, e essa senioridade do Conselho também chancela nosso projeto como genuíno e sério”, diz Mateus.
Assessor ESG: uma nova profissão
Para chegar até as empresas e dar o suporte necessário, o ESG Pro Brasil conta com uma equipe de assessores ESG, uma profissão criada pelo próprio projeto. Esses profissionais passam por uma formação para, além de aprender questões técnicas, entender a importância e o propósito da pauta. “Queremos que isso gere impacto não só na nossa empresa, mas também no mercado de trabalho e no ESG como um todo no Brasil”, afirmam os sócios.
Reconhecimento e planos para o futuro
Apesar de muito novo, o ESG Pro Brasil já rendeu bons frutos para Bia Martins e Mateus Ferrareto. Na última semana, a dupla foi convidada para integrar o conselho da base de sustentabilidade da Unesco no Brasil. “Estamos muito felizes e honrados, porque acreditamos muito nisso, na colaboração entre frentes. É uma comunidade muito potente, o setor 2,5 e o 3º setor têm, sim, que andar juntos. A bandeira do bem é uma só, e a gente precisa se somar para gerar mais impacto”, comemora Bia.
E esse é apenas o começo para os empreendedores. De olho no futuro, a meta é que, nos próximos cinco anos, a ESG Pro se torne a maior doadora pessoa jurídica do Brasil.
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