O Ibovespa opera em queda de 0,10% na abertura do pregão desta segunda-feira (22), a 127.502 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. As expectativas continuam em torno das decisões monetárias do Federal Reserve, banco central norte-americano, que seguem atordoando os investidores em todo o mundo. Por aqui, o boletim Focus passou a ver um dólar mais fraco em 2024.
O dólar avançava 0,23% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9379.
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No Brasil, o mercado fez pequenos ajustes em suas previsões para a inflação e o crescimento econômico neste ano e passou a ver um dólar mais fraco em 2024, apontou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira.
Os analistas consultados pelo Banco Central veem agora o dólar a R$ 4,92 ao final deste ano, de R$ 4,95 no levantamento anterior, na segunda semana seguida de redução da projeção. Para o ano que vem a moeda norte-americana continua sendo calculada em R$ 5,00.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2024 agora é de 3,86% e para 2025 é de 3,50%, respectivamente de 3,87% e 3,50% na semana anterior. Para 2026 e 2027 também segue em 3,50%.
O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
No cenário corporativo, a Energisa lançou uma oferta primária de ações buscando levantar cerca de R$ 2 bilhões para fortalecer e otimizar sua estrutura de capital, informou a companhia em fato relevante no sábado.
A operação compreenderá a distribuição primária de, inicialmente, 78.300.000 ações ordinárias e 121.970.499 ações preferenciais.
A quantidade de papéis poderá ser acrescida em até 25% do total inicialmente ofertado, o que elevaria o potencial da oferta a R$ 2,5 bilhões, considerando a cotação da unit da Energisa de R$ 49,99 no fechamento de 18 de janeiro.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, o mercado continua menos convencido de que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, vai começar a reduzir os juros em breve, o que provocou fortes solavancos nas ações na semana passada.
Assim, na quinta-feira (25) o Departamento de Comércio dos Estados Unidos vai divulgar a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2023. A mediana das expectativas é de um crescimento de 2,0%, abaixo dos 4,9% do trimestre anterior. Se confirmado, o resultado será o menor desde o avanço de 0,6% registrado no segundo trimestre de 2022, com a economia ainda sofrendo os efeitos da pandemia.
Na sexta-feira (26) o Departamento de Comércio terá outra divulgação importante, o Personal Consumption Expenditure (PCE) de dezembro. O PCE é o índice de inflação usado pelo Fed como balizador da meta de inflação.
Na Ásia, a China manteve as taxas de empréstimo de referência em sua fixação mensal nesta segunda-feira, em linha com as expectativas de que Pequim tenha margem limitada para afrouxamento monetário em meio à pressão de baixa sobre o iuan.
A decisão foi tomada depois que o Banco do Povo da China surpreendeu os mercados na semana passada ao manter a taxa do instrumento de empréstimo de médio prazo.
Desta forma, as ações da China e de Hong Kong caíram na segunda-feira, uma vez que as incessantes saídas de capital estrangeiro e o aumento das vendas a descoberto abalaram a confiança já prejudicada pela economia em declínio da região.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 2,27%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,36%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 2,68%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 1,62%.
(Com Reuters)
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