As autoridades de política monetária do Banco Central Europeu pareciam confiantes na reunião de dezembro de que a inflação estava voltando para a meta, mas viam muitos riscos que ainda justificavam os altos custos dos empréstimos, de acordo com a ata do encontro divulgada nesta quinta-feira (18).
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O BCE manteve as taxas de juros no mês passado e deixou claro que não haveria novos aumentos. Mas também disse que era muito cedo para discutir o afrouxamento da política monetária, mesmo com os mercados apostando cada vez mais no início de uma reversão no começo da primavera (do hemisfério norte).
“Não havia espaço para complacência e não era o momento de o Conselho do BCE baixar a guarda”, disse o BCE no documento da reunião de 13 e 14 de dezembro. “Foi observada a necessidade de vigilância e paciência contínuas, e da manutenção de uma postura restritiva por algum tempo.”
Agora, faltando apenas uma semana para a próxima reunião de política monetária do BCE, o debate mudou um pouco, pois as autoridades agora aceitam claramente que o próximo movimento é uma redução nos custos dos empréstimos. Mas ainda existe uma grande lacuna entre as expectativas dos investidores e das autoridades.
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Os investidores acreditam que a perspectiva de inflação do BCE está errada e que os cortes nas taxas terão de começar em breve, enquanto os autoridades de política monetária argumentam que os dados, inclusive sobre a evolução dos salários, não estarão disponíveis por meses, portanto, junho é o primeiro momento razoável para reconsiderar a política.
“Ainda era muito cedo para ter certeza de que a tarefa havia sido cumprida”, disse o BCE na ata.
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