O Ibovespa opera em queda de 0,32% na abertura do pregão desta quarta-feira (17), a 128.871 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O pregão deve ser marcado por mais mau humor nos mercados internacionais, enquanto os investidores digerem as notícias de que os juros nos Estados Unidos devem permanecer mais altos por mais tempo do que o esperado.
O dólar avançava 0,28% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9386.
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,42% em janeiro, começando o ano com desaceleração ante a alta de 0,62% do mês anterior, em meio a arrefecimento nos preços ao produtor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
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O avanço registrado em janeiro ficou ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,43%, e levou o índice a acumular queda de 3,20% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, avançou 0,42% em janeiro, de 0,81% em dezembro.
As vendas no varejo brasileiro avançaram 0,1% em novembro na comparação com o mês anterior e subiram 2,2% sobre um ano antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,1% na comparação mensal e de avanço de 2,1% sobre um ano antes.
No cenário corporativo, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra da operadora de planos de saúde Amil pelo empresário José Seripieri Filho, sem restrições, segundo despacho publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.
A norte-americana UnitedHealth anunciou no final de dezembro que aprovou um acordo para vender a Amil ao fundador e ex-presidente da Qualicorp por cerca de US$ 7 bilhões, em uma operação que incluiu dívida da empresa brasileira.
Mercados internacionais
Na Ásia, as ações caíram de forma generalizada na China e em Hong Kong nesta quarta-feira, com o índice de blue-chips chinês fechando na mínima em quase cinco anos uma vez que dados fracos sobre crescimento e o setor imobiliário aprofundaram as preocupações com a segunda maior economia do mundo.
O apetite por risco também foi refreado pela promessa do presidente Xi Jinping de criar um sistema financeiro “inerentemente diferente” do modelo ocidental, e pelo apelo para que os reguladores financeiros tenham “dentes longos e espinhos”.
A economia da China cresceu 5,2% em 2023, um pouco mais do que a meta oficial, mas a recuperação foi bem mais frágil do que muitos analistas e investidores esperavam, com o agravamento da crise imobiliária, riscos deflacionários e demanda fraca lançando uma sombra sobre as perspectivas para este ano.
As expectativas de que a segunda maior economia do mundo apresentaria uma forte recuperação pós-Covid rapidamente se dissiparam à medida que o ano avançava, com a fraqueza da confiança dos consumidores e das empresas, o aumento das dívidas dos governos locais e a desaceleração do crescimento global pesando fortemente sobre os empregos, a atividade e o investimento.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 3,71%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 2,23%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 2,09%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,40%.
Na Europa, a economia está experimentando uma “forte” desaceleração nas taxas de inflação, embora estejam surgindo riscos para os custos das matérias-primas, disse o membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) Fabio Panetta nesta quarta-feira.
“A desinflação está ocorrendo, é forte e continuará”, disse Panetta, que é presidente do Banco da Itália, dirigindo-se ao comitê executivo da Associação Bancária Italiana.
Para a presidente do BCE, Christine Lagarde, o Banco Central Europeu está no caminho certo para levar a inflação de volta à sua meta de 2%, mas a vitória ainda não foi conquistada.
O Stoxx 600 perdia 1,23%; na Alemanha, o DAX recuava 0,97%; o CAC 40 em queda de 1,12% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 1,10%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 1,68% no Reino Unido.
(Com Reuters)
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