Ações da China caem após BC deixar taxa de juros de médio prazo inalterada

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Telão mostra cotações acionárias em Xangai, China – Foto: REUTERS – Aly Song

Telão mostra cotações acionárias em Xangai, China – Foto: REUTERS – Aly Song

As ações da China fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (15). O banco central surpreendeu os mercados ao deixar a taxa de juros inalterada ao rolar os empréstimos de médio prazo que estavam vencendo.

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O Banco do Povo da China optou por aumentar as injeções de liquidez na operação. Ele manteve a taxa do instrumento de empréstimos de médio prazo (MLF) em 2,50%. Mas injetou um montante líquido de 216 bilhões de iuanes (US$ 30,11 bilhões) de novos fundos no sistema bancário.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,1%, e o índice de Xangai ganhou 0,15%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve baixa de 0,17%.

“O banco central optou por manter a taxa, apesar da forte pressão da deflação. Isso provavelmente reflete suas preocupações com a lucratividade dos bancos”, disseram analistas do ANZ em uma nota.

As ações de empresas de nova energia caíram 1,5%, e o setor de defesa perdeu 2,5%. As ações de empresas de turismo saltaram 2,7% com a temporada de inverno da China. Os gigantes da tecnologia listados em Hong Kong caíram 1,9%.

Banco Central da China aumenta liquidez

O banco central da China deixou a taxa de juros de médio prazo inalterada nesta segunda-feira (15). Isso desafiou as expectativas do mercado de um corte já que uma moeda mais fraca limitou o escopo do afrouxamento monetário no curto prazo para impulsionar a economia.

Uma série de indicadores recentes continuou a refletir uma recuperação econômica desigual do país. Houve aumento nas exportações em dezembro, mas crescimento fraco do crédito e persistente pressão deflacionária exigindo mais medidas de estímulo.

Entretanto, o estreitamento da margem da taxa de juros nos bancos comerciais e o enfraquecimento do iuan limitaram o espaço de manobra do Banco do Povo da China. Os cortes nas taxas podem ser adiados até o final deste ano, segundo alguns observadores do mercado.

Nesta segunda-feira (15), o banco central disse que manteve em 2,50% a taxa para 995 bilhões de iuanes (US$ 138,84 bilhões) em empréstimos de um ano do instrumento de médio prazo (MLF) para algumas instituições financeiras.

“Suspeitamos que a principal razão pela qual o banco central não (adotou medidas) desta vez é o desejo de evitar o desencadeamento de uma nova pressão de depreciação sobre o renminbi”, disseram economistas da Capital Economics em uma nota.

O iuan se enfraqueceu mais de 1% em relação ao dólar até o momento este ano, atingindo o nível mais baixo em um mês. Isso se deve à incerteza sobre quando o Federal Reserve começará a cortar a taxa de juros nos Estados Unidos.

A operação de empréstimo desta segunda-feira (15) foi para atender totalmente à demanda de caixa das instituições financeiras para “manter uma liquidez razoavelmente ampla no sistema bancário”, disse o banco central em um comunicado online.

Minério de Ferro

Os preços futuros do minério de ferro caíram pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira (15). A China, maior consumidora de minério, desafiou as expectativas do mercado e manteve sua taxa de juros de médio prazo, deixando os investidores desapontados.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com baixa de 3,17%, a 933 iuanes (US$ 130,10) a tonelada, o menor valor desde 20 de dezembro de 2023.

O minério de ferro de referência para fevereiro na Bolsa de Cingapura caiu 1,38%, a US$ 127,9 a tonelada, atingindo o valor mais baixo desde 5 de dezembro.

“A fraqueza no mercado de minério deve-se, em parte, ao fato de que as incertezas macroeconômicas aumentaram depois que o banco central não cortou a taxa”, disse Pei Hao, analista da corretora internacional FIS, com sede em Xangai.

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Pei acrescentou que isso também reflete “o sentimento fraco devido à demanda vacilante e um aumento mais rápido do que o esperado no estoque de minério nos portos nesta semana, trazendo mais pressão de baixa para os preços”

A fraqueza contínua permanece apesar de Pequim ter prometido melhor coordenação para financiamento do setor imobiliário.

O Ministério da Habitação e o órgão regulador financeiro da China solicitaram aos governos locais que se coordenassem melhor com as instituições financeiras para fornecer apoio financeiro a projetos imobiliários, à medida que os formuladores de políticas trabalham para reanimar o setor.

Outros ingredientes siderúrgicos na Bolsa de Dalian exibiram ganhos devido a preocupações sobre possíveis interrupções no fornecimento após um acidente em uma mina de carvão na cidade de Pingdingshan, região central da China, que causou a morte de 13 pessoas e deixou outras três desaparecidas.

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,91%, a 35.901 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,17%, a 16.216 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,15%, a 2.886 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,10%, a 3.280 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,04%, a 2.525 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,19%, a 17.546 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,24%, a 3.199 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,03%, a 7.496 pontos.

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