Ibovespa mantém viés negativo com fraqueza em bolsas no exterior

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O Ibovespa mantinha o sinal negativo nos primeiros negócios desta quarta-feira, acompanhando o viés nas principais praças acionárias globais, incluindo os futuros norte-americanos, enquanto agentes financeiros aguardam a ata da última reunião de política monetária do banco central norte-americano.

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Às 10:14, o Ibovespa caía 0,1 %, a 132.559,88 pontos. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 14 de fevereiro, cedia 0,16%, a 134.020 pontos.

Na véspera, no primeiro pregão do ano, o Ibovespa fechou em queda de mais de 1%, com o cenário externo desfavorável referendando ajustes após uma performance robusta em 2023.

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Dólar sobe em linha com exterior

O dólar avançava frente ao real nesta quarta-feira (3), em linha com nova valorização da divisa norte-americana no exterior em um início de ano marcado por moderação no otimismo sobre quedas de juros nos Estados Unidos.

Às 9:59 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,31%, a 4,9312 reais na venda.

Na B3, às 9:59 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,13%, a 4,9480 reais.

“É possível destacar alguns fatores que estão favorecendo o dólar hoje: a redução das apostas de corte de juros na reunião de fevereiro (do Federal Reserve) que tem acontecido nos últimos dias e um posicionamento técnico ruim, o que tem gerado a redução das posições vendidas antes da divulgação da ata do Fed”, disse Lais Costa, analista da Empiricus Research.

Expectativas de mercado passaram a precificar cortes de 1,50 ponto percentual nos juros do Fed este ano, abaixo do 1,60 ponto visto na semana passada, com uma parcela dos investidores dizendo que o mercado tem se mostrado otimista demais.

Para além da ata do Fed, a ser publicada nesta quarta, o mercado estava na expectativa de dados de emprego dos Estados Unidos de sexta-feira, que podem ajudar a direcionar as apostas sobre o ciclo de afrouxamento do Federal Reserve esperado para este ano.

Investidores também elevavam a cautela em meio às tensões no Mar Vermelho, importante rota comercial, após um ataque no fim de semana de Houthis do Iêmen contra uma embarcação da Maersk. Ao mesmo tempo, na terça-feira, Israel matou o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, em um ataque de drone em Beirute, aumentando o risco potencial de a guerra em Gaza se espalhar para muito além do enclave palestino.

“Como o dólar é visto como reserva de valor, tende a se valorizar nesses momentos de maior incerteza”, explicou Costa.

Na véspera, o dólar à vista fechou em alta de 1,21%, a 4,9160 reais na venda, maior aumento diário desde 4 de dezembro (+1,38%).

Na cena doméstica, investidores digeriam dados do setor externo, que mostraram déficit em conta corrente de 1,553 bilhão de dólares em novembro, acima do esperado por economistas. Por outro lado, os investimentos diretos no país alcançaram 7,8 bilhões de dólares, bem acima dos 3,950 bilhões de dólares projetados.

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