Morreu na tarde desta sexta-feira (29) Gil de Ferran, ícone do automobilismo brasileiro, aos 56 anos, depois de sofrer uma parada cardíaca. O ex-piloto dirigia em um clube privado na Flórida, nos EUA, quando se sentiu mal e foi levado para o hospital, mas não resistiu. A informação foi confirmada pela Confederação Brasileira de Automobilismo, que emitiu uma nota de pesar na noite de ontem.
“Gil de Ferran brilhou nas pistas brasileiras e internacionais, com destaque para o título inglês de Fórmula 3, o bicampeonato na Indy (sob a bandeira CART) e a vitória na Indy 500 de 2003”, disse a entidade. Ele venceu também como piloto e dono de equipe no Endurance estadunidense e atualmente, atuava na equipe McLaren como um de seus diretores.
A McLaren também lamentou a morte do piloto em um post no Instagram: “Gil foi uma parte importante e integrante da nossa equipe Racing e uma força formidável dentro e fora da pista. A sua mente brilhante e integridade pessoal incomparável tiveram um impacto duradouro em todos os que tiveram o privilégio de correr e trabalhar ao seu lado.”
Vida
Filho do engenheiro mecânico francês Luc de Ferran, Gil nasceu em Paris, mas se considerava brasileiro – ele chegou ao país com apenas quatro anos. Começou sua história no automobilismo aos cinco, com o kart.
Atuou na Fórmula 3000 entre 1993 e 1994. Migrou para a Fórmula Indy, onde teve muito sucesso: logo na primeira temporada, em 2000, foi campeão pela Penske. No ano seguinte, conquistou o bicampeonato da categoria. Seu maior feito na competição, no entanto, veio em 2003, quando venceu as 500 milhas de Indianápolis.
Homenagens
Nomes importantes do automobilismo prestaram as suas homenagens a Gil de Ferran nas redes sociais. “Que notícia triste. Hoje perdemos um irmão! Pessoa maravilhosa gente boa demais e uma lenda no nosso automobilismo mundial. Vá em paz, Gil”, escreveu Felipe Massa no X.
O piloto Tony Kanaan relembrou sua trajetória com De Ferran em um post no Instagram: “Campeão, amigo, rival, mentor dentro e fora das pistas. Sem palavras para descrever esta perda. Descanse em paz meu amigo”.
“Não, não, Gil. Não pode ser… Muito jovem… muito talento… tanto para fazer. Rezando, orando”, postou Bia Figueiredo.
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