O índice Ibovespa atingiu máximas históricas nas últimas semanas, se aproximando dos 132 mil pontos, após um ano de bastante instabilidade para o mercado. O Ibov, que iniciou janeiro perto dos 104 mil pontos, passou por desvalorizações que o levaram abaixo dos 97 mil pontos. Apesar dos altos e baixos, o índice está encerrando 2023 com alta próxima de 23%, levando em consideração o fechamento de 19 de dezembro.
“O desempenho dos mercados ao longo do ano foi marcado por períodos de instabilidade. O cenário turbulento no exterior alinhado às incertezas internas propiciaram janelas de estresse significativo, mas também de alívio intenso”, avalia Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.
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Na visão de Bruna Sene, analista da Nova Futura Investimentos, novembro teve bastante interferência no balanço positivo do Ibovespa no ano. “O mês foi marcado por uma expressiva entrada de capital estrangeiro na bolsa e um notável aumento no apetite por risco. Ações cíclicas domésticas figuraram entre as maiores altas, em um cenário favorecido pela diminuição das taxas de juros, tanto no Brasil quanto no exterior”, afirma.
Como a analista pontuou, algumas ações realmente se saíram melhor nesse ano, como é o caso da empresa de educação Yduqs (YDUQ3), que viu seus ativos se valorizarem em 125% até o fim da primeira quinzena de dezembro. A empresa, que vinha sofrendo com a falta de apetite com o setor e também com as altas taxas de juros, entrou em 2023 com o pé direito e trouxe resultados trimestrais bastante robustos, que refletiram nas ações.
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No 3º trimestre do ano, o lucro líquido da Yduqs cresceu 4 vezes, atingindo R$ 93 milhões, enquanto sua receita líquida aumentou em 14% no período. “O setor todo vem sendo penalizado pelo seu alto patamar de alavancagem. A Yduqs tem conseguido surfar contra essa maré, registrando um indicador dívida líquida/EBITDA de 1,5x, com apenas 20% das suas dívidas vencendo em 2024. Isso traz uma maior segurança ante a posição financeira dos outros players de nossa cobertura”, avaliam os analistas da Genial Investimentos em relatório.
O segundo lugar entre as maiores altas do Ibovespa ficou com os papéis da Ultrapar (UGPA3), que subiram 105,8% no período. CSN Mineração (CMIN3), Cyrela (CYRE3) e Petrobras (PETR4), completam o top 5, com valorizações de 100,5%, 89,6% e 86,3%, respectivamente.
“Com relação às empresas, foi possível notar uma melhora gradual nos resultados corporativos, ainda que o foco esteja no controle de custos e despesas. Nesse contexto, esperamos ver ainda no próximo ano uma volatilidade alta nos mercados, mas com uma menor aversão ao risco dos participantes, diante da recuperação das empresas e redução das pressões do ambiente macroeconômico”, complementa o analista da Terra.
O levantamento das maiores altas foi realizado pelo consultor Einar Rivero, com base em dados públicos.
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