O Brasil manteve, em 2023, a liderança regional quando o assunto são games. O crescimento atual da América Latina, de 4,35%, se dá, principalmente, pelo ritmo acelerado do ecossistema gamer brasileiro. Enquanto isso, a América do Norte, onde estão algumas das principais publishers do mundo, cresceu metade disso, 2%. Os dados são da empresa de inteligência eMarketer que também mapeou o mercado brasileiro de games como líder de penetração na América Latina estando presente em 47,6% na dinâmica da população digital. No México, esse número é de 43,2% contra 43,5% da Argentina.
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Segundo o eMarketer, o Brasil é o maior mercado de games da América Latina. Dos 284,7 milhões de jogadores da região, aproximadamente 104 milhões são brasileiros. “Mas mesmo com essa forte penetração digital, o crescimento do país é forte. Espera-se que, em 2023, o crescimento da indústria de games no Brasil chegue a 4% , ultrapassando Estados Unidos, com 1,2%, Japão, 0,5% e Coreia do Sul, 1%. México e Argentina são outros dois países que se destacam em ritmo de crescimento junto com o Brasil.”
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“A forte penetração e crescimento do país tornou-o um mercado importante para empresas globais de jogos que procuram fazer incursões na América do Sul e na América Latina. A Epic Games, criadora do Fortnite, adquiriu o estúdio brasileiro Acquiris em abril e o transformou na Epic Brasil, seu primeiro estúdio na América Latina”, explica Paul, reforçando que pode-se esperar que o crescimento continue nos próximos cinco anos, “mas a um ritmo mais lento do que durante a pandemia, em grande parte porque a penetração já é muito elevada.”
O analista explica que os games estão se tornando mais populares culturalmente em todo o mundo, “repercutindo em grandes filmes e programas de TV. O acesso aos jogos também está aumentando, com o forte crescimento dos jogos para dispositivos móveis, serviços de assinatura acessíveis, como Game Pass e Netflix, que oferecem jogos, e mais dispositivos de jogos portáteis no mercado do que nunca.”
“Desenvolvimentos como o crescimento dos jogos na nuvem e das parcerias de jogos com fabricantes de TV significam que os jogos estão se tornando disponíveis para mais consumidores do que nunca”, afirma Paul. Ainda segundo ele, a pandemia foi um acelerador para a indústria de jogos. “Com bilhões de pessoas presas em casa com suas telas e procurando coisas para fazer, jogar era uma opção natural, seja em dispositivos móveis, consoles ou computadores. O Brasil estava especialmente bem posicionado para aproveitar o crescimento dos jogos mobile, já que 38% dos jogos feitos no Brasil são mobile, segundo a Abragames.”
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