Importação e safra recorde de milho na China pressiona preços da commodity

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REUTERS/Bryan Woolston

Safra e importação recorde da commodity pressionam seus preços na China

A China registrou um recorde de importações de milho de 3,59 milhões de toneladas em novembro, segundo dados alfandegários divulgados nesta segunda-feira (18). , somando-se a uma safra doméstica recorde e pressionando ainda mais os preços no segundo maior produtor mundial.

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As importações de milho em novembro aumentaram 384% em relação ao ano anterior, coincidindo com uma produção doméstica recorde de milho de 288,84 milhões de toneladas este ano, após um esforço do governo para aumentar a produção dos grãos básicos para fins de segurança alimentar.

Os volumes de importação da commodity em novembro foram maiores do que o esperado, principalmente devido ao rápido carregamento do Brasil e também da Ucrânia, disse Rosa Wang, analista da JCI, consultoria agrícola sediada em Xangai.

“As grandes chegadas de grãos importados ao sul da China reduzirão a participação de mercado do milho local chinês”, disse ela.

Isso significa que menos milho nacional será necessário para ser entregue ao sul a partir das principais áreas produtoras de milho da China no Nordeste o que, por sua vez, prejudicará os preços, disse Wang.

O contrato futuro de milho para maio, o mais ativo da China, na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu 1,2% na segunda-feira, para 2.409 iuanes (337,79 dólares) por tonelada, ao valor mais baixo em quase sete meses.

Nos primeiros 11 meses do ano, as importações de milho da China atingiram 22,18 milhões de toneladas, um aumento de 12,3% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândega.

O aumento se deve principalmente a uma enxurrada de cargas do Brasil, pois os compradores aproveitaram os preços mais baratos diante de uma safra abundante em nosso país.

A grande safra e os preços domésticos mais baixos serão uma bênção para os criadores de gado chineses que alimentam com milho o maior rebanho de suínos do mundo, mas que vêm perdendo dinheiro durante a maior parte do ano.

Minério de Ferro continua caindo na China

Os contratos futuros do minério de ferro ampliaram as perdas nesta segunda-feira (18), com alguns investidores desfazendo posições compradas em meio à persistência de dados fracos e ao enfraquecimento das esperanças de mais estímulos na China, principal mercado consumidor do minério.

O minério de ferro para maio mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou o dia em queda de 1,59%, a 928 iuanes (130,15 dólares) a tonelada. , o nível mais baixo desde 7 de dezembro. No início do dia, o contrato atingiu o menor patamar desde 8 de novembro, em 915 iuanes.

O minério de ferro de referência para janeiro na Bolsa de Cingapura caiu 0,81%, para 132,8 dólares a tonelada. O valor mais baixo desde 13 de dezembro.

Os preços das casas novas na China caíram pelo quinto mês consecutivo em novembro, mostraram dados oficiais na sexta-feira (15). O investimento imobiliário de janeiro a novembro retraiu 9,4% em relação ao ano anterior, após uma queda de 9,3% em janeiro-outubro.

“Ambas as reuniões de tomada de decisão não incentivaram um estímulo econômico em larga escala, ou quaisquer políticas no mercado imobiliário, que superassem as expectativas, de modo que o mercado de ferrosos voltou aos fundamentos”, disseram os analistas da Sinosteel Futures em uma nota.

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Alguns analistas, no entanto, viram espaço limitado para uma queda maior dos preços. Os baixos estoques e a necessidade de reposição de matérias-primas entre as usinas para sustentar a produção durante o feriado do Ano Novo Lunar em fevereiro são base para essa suposição.

“Os estoques de minério entre as usinas ainda estão em um nível relativamente baixo (apesar de algum aumento), e isso significa que as siderúrgicas terão que estocar cargas da commodity nas próximas semanas, o que, de alguma forma, sustentará os preços”, disseram analistas da Huatai Future em uma nota.

Outros ingredientes de fabricação de aço também registraram perdas, com o carvão de coque e o coque em Dalian caindo 1,69% e 1,54%, respectivamente.

Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai tiveram negociações mistas, depois que ondas de frio desaceleraram as atividades de construção, pesando sobre a demanda.

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