Uma agência das Nações Unidas melhorou suas previsões de crescimento para a América Latina e o Caribe nesta quinta-feira (14), mas disse que fatores como a fraca atividade global e as altas taxas de juros continuarão a representar desafios para as economias da região.
A Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) elevou sua previsão de crescimento anual do Produto Interno Bruto para a região para 2,2%, acima da previsão de setembro de 1,7%, graças a uma ligeira melhora macroeconômica e à redução das pressões orçamentárias.
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Para 2024, a comissão elevou sua previsão para 1,9%, ante 1,5% em setembro.
Apesar de melhorar suas previsões, a Cepal disse que as perspectivas da região ainda mostram uma trajetória descendente no desempenho econômico regional traçado na última década.
“Essas projeções são feitas em um momento em que os países da região enfrentam tanto uma flexibilidade fiscal e monetária limitada quanto um impulso internacional limitado”, explicou a Cepal.
A Cepal acrescentou que as baixas taxas de crescimento regional esperadas “não são um problema temporário”, mas parte de uma tendência maior.
A agência acrescentou que, embora a inflação esteja diminuindo, os benefícios dos cortes nas taxas de juros ainda não foram observados nas principais economias, como o Brasil, de modo que os custos de financiamento continuam a limitar a capacidade dos países de contrair dívidas e aumentar o consumo.
O relatório afirma que os países mais expostos a uma desaceleração da China são aqueles que contam com a potência asiática como seu principal parceiro comercial, como Brasil, Chile, Peru, Panamá, e Uruguai.
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