Que tal morar na Disney? Os fãs da companhia poderão, em breve, ter essa oportunidade. A Disney anunciou que está expandindo seus planos de um novo conceito de moradia.
Em fevereiro de 2022, a empresa lançou o projeto “Storyliving by Disney”, que são condomínios residenciais projetados por seus “Imagineers”, os designers responsáveis por criar os parques temáticos da empresa. E mais: esses centros serão operados por funcionários da Disney.
Na ocasião do lançamento, a empresa anunciou planos para apenas um condomínio, a Cotino, em uma área de 250 hectares na Califórnia, estado banhado pelo oceano Pacífico. A novidade é que agora, mesmo antes da apresentação da primeira unidade do projeto, um segundo condomínio foi oficialmente anunciado: a Asteria, na Carolina do Norte, estado do outro lado do país, na costa do Oceano Atlântico.
Com 600 hectares, a área deve comportar cerca de 4 mil residências, parte delas destinada a pessoas com idades acima de 55 anos. O local contará com parques e trilhas para bicicletas.
O projeto também terá um clube com um centro de bem-estar e recreação, restaurantes, quadras esportivas, piscinas, horta comunitária e um grande espaço ao ar livre, de acordo com a Disney.
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Além disso, o centro comunitário contará com programação preferencial da Disney, que pode incluir jantares inspirados em seus filmes, aulas de arte e atividades temáticas para a família.
O que vem por aí
Fãs interessados no condomínio Asteria podem manifestar seu interesse no site Storyliving by Disney, mas ainda não está claro quando o conceito se concretizará – o site apenas afirma que a área “começará a tomar forma até 2027”. A comunidade Cotino, no sul da Califórnia, está atualmente realizando “agendamentos de pré-vendas” para proprietários interessados, mas a empresa ainda não anunciou uma data para o lançamento.
Aos que desejarem viver em um dos condomínios Disney provavelmente pagarão um preço alto: o anúncio adianta que casas unifamiliares em Cotino terão um preço inicial “a partir de US$ 1 milhão até US$ 2 milhões”. Para efeitos de comparação, as propriedades disponíveis na comunidade residencial Golden Oak, no Walt Disney World (que é separada do conceito Storyliving) estão listadas entre US$ 9 milhões e US$ 13,8 milhões.
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O histórico de residências Disney
O projeto Storyliving da Disney é o mais recente, em uma série de planos de construção de condomínios que a empresa teve ao longo de sua história. Começou em 1960, com a ideia de Walt Disney para o Epcot, de uma “Comunidade de Protótipo Experimental do Amanhã”, onde os residentes viveriam e trabalhariam em uma cidade futurista dentro do Walt Disney World.
Esse plano nunca se concretizou, com o Epcot sendo aberto em 1982 como um parque temático. No entanto, a empresa insistiu nas décadas de 1980 e 90 com “Celebration”, um condomínio planejado fora do Walt Disney World, na Flórida.
Inaugurado em 1996, a pequena cidade com atmosfera nostálgica foi inicialmente operada pela Disney, embora a empresa tenha vendido grande parte de sua participação em 2004, para uma empresa de investimento. Na época, os proprietários reclamaram da construção de má qualidade, exigindo reparos caros nas residências, e a Disney também recebeu críticas pela falta de diversidade na população local.
A companhia também trabalhou com o governo francês no desenvolvimento de Val d’Europe, uma área residencial e comercial localizada nos arredores da Disneyland Paris.
Crise na Disney
A expansão planejada pela Disney de seu conceito Storyliving ocorre em um momento delicado para a empresa, que tem sido prejudicada por relatos de baixo desempenho de suas ações e demissões nos últimos meses, enquanto enfrenta perdas no setor de streaming, greves em Hollywood e uma batalha legal com o governador da Flórida, Ron DeSantis.
Ainda assim, a divisão de parques temáticos da empresa tem sido um ponto positivo financeiro, mesmo com relatos de queda na frequência ao Walt Disney World. De acordo com dados da empresa, a receita foi de US$ 24 bilhões nos primeiros nove meses do ano fiscal de 2023.
Em setembro, a Disney anunciou planos de quase dobrar seus gastos em sua divisão de parques temáticos – que incluiria os condomínios Storyliving – ao longo dos próximos 10 anos, investindo quase US$ 60 bilhões.
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