Residências Disney: o que esperar dos anunciados condomínios temáticos da empresa

  • Post author:
  • Reading time:5 mins read
Disney

Renderização aérea de Asteria, um novo projeto de residência Disney anunciado recentemente na Carolina do Norte

Que tal morar na Disney? Os fãs da companhia poderão, em breve, ter essa oportunidade. A Disney anunciou que está expandindo seus planos de um novo conceito de moradia.

Em fevereiro de 2022, a empresa lançou o projeto “Storyliving by Disney”, que são condomínios residenciais projetados por seus “Imagineers”, os designers responsáveis por criar os parques temáticos da empresa. E mais: esses centros serão operados por funcionários da Disney.

Na ocasião do lançamento, a empresa anunciou planos para apenas um condomínio, a Cotino, em uma área de 250 hectares na Califórnia, estado banhado pelo oceano Pacífico. A novidade é que agora, mesmo antes da apresentação da primeira unidade do projeto, um segundo condomínio foi oficialmente anunciado: a Asteria, na Carolina do Norte, estado do outro lado do país, na costa do Oceano Atlântico.





Com 600 hectares, a área deve comportar cerca de 4 mil residências, parte delas destinada a pessoas com idades acima de 55 anos. O local contará com parques e trilhas para bicicletas.

O projeto também terá um clube com um centro de bem-estar e recreação, restaurantes, quadras esportivas, piscinas, horta comunitária e um grande espaço ao ar livre, de acordo com a Disney.

Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Além disso, o centro comunitário contará com programação preferencial da Disney, que pode incluir jantares inspirados em seus filmes, aulas de arte e atividades temáticas para a família.

O que vem por aí

Fãs interessados no condomínio Asteria podem manifestar seu interesse no site Storyliving by Disney, mas ainda não está claro quando o conceito se concretizará – o site apenas afirma que a área “começará a tomar forma até 2027”. A comunidade Cotino, no sul da Califórnia, está atualmente realizando “agendamentos de pré-vendas” para proprietários interessados, mas a empresa ainda não anunciou uma data para o lançamento.

Aos que desejarem viver em um dos condomínios Disney provavelmente pagarão um preço alto: o anúncio adianta que casas unifamiliares em Cotino terão um preço inicial “a partir de US$ 1 milhão até US$ 2 milhões”. Para efeitos de comparação, as propriedades disponíveis na comunidade residencial Golden Oak, no Walt Disney World (que é separada do conceito Storyliving) estão listadas entre US$ 9 milhões e US$ 13,8 milhões.

Leia também:

Diárias de US$ 48 mil, chef particular e luxo: como é alugar uma ilha privativa
US$ 50 mil por dia: como é um roteiro de elite pelos parques da Disney

O histórico de residências Disney

O projeto Storyliving da Disney é o mais recente, em uma série de planos de construção de condomínios que a empresa teve ao longo de sua história. Começou em 1960, com a ideia de Walt Disney para o Epcot, de uma “Comunidade de Protótipo Experimental do Amanhã”, onde os residentes viveriam e trabalhariam em uma cidade futurista dentro do Walt Disney World.

Esse plano nunca se concretizou, com o Epcot sendo aberto em 1982 como um parque temático. No entanto, a empresa insistiu nas décadas de 1980 e 90 com “Celebration”, um condomínio planejado fora do Walt Disney World, na Flórida.

Inaugurado em 1996, a pequena cidade com atmosfera nostálgica foi inicialmente operada pela Disney, embora a empresa tenha vendido grande parte de sua participação em 2004, para uma empresa de investimento. Na época, os proprietários reclamaram da construção de má qualidade, exigindo reparos caros nas residências, e a Disney também recebeu críticas pela falta de diversidade na população local.

A companhia também trabalhou com o governo francês no desenvolvimento de Val d’Europe, uma área residencial e comercial localizada nos arredores da Disneyland Paris.

Crise na Disney

A expansão planejada pela Disney de seu conceito Storyliving ocorre em um momento delicado para a empresa, que tem sido prejudicada por relatos de baixo desempenho de suas ações e demissões nos últimos meses, enquanto enfrenta perdas no setor de streaming, greves em Hollywood e uma batalha legal com o governador da Flórida, Ron DeSantis.

Ainda assim, a divisão de parques temáticos da empresa tem sido um ponto positivo financeiro, mesmo com relatos de queda na frequência ao Walt Disney World. De acordo com dados da empresa, a receita foi de US$ 24 bilhões nos primeiros nove meses do ano fiscal de 2023.

Em setembro, a Disney anunciou planos de quase dobrar seus gastos em sua divisão de parques temáticos – que incluiria os condomínios Storyliving – ao longo dos próximos 10 anos, investindo quase US$ 60 bilhões.

Leia também:

Os 24 melhores destinos de viagem para visitar em 2024
Até R$ 1,3 milhão por semana: como são os chalés de esqui dos bilionários na Europa

O post Residências Disney: o que esperar dos anunciados condomínios temáticos da empresa apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Deixe um comentário