As ações blue chips chinesas caíram para o nível mais baixo em quase cinco anos nesta quarta-feira (6). Os mercados reagiram ao corte da Moody’s na perspectiva de crédito da China em um momento de preocupações crescentes sobre a recuperação da economia.
Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Na terça-feira (5), a agência de classificação de risco emitiu um alerta de rebaixamento da recomendação de crédito soberano A1 da China, o quinto nível mais alto em sua escala de recomendação. O comunicado aborda os custos para socorrer governos locais, empresas estatais e controlar sua crise imobiliária pesariam sobre a segunda maior economia do mundo.
Na quarta-feira (6), a Moody’s ampliou sua mudança em relação à China com alterações em suas perspectivas de 18 empresas chinesas para negativas.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, abriu em baixa e atingiu seu nível mais baixo desde fevereiro de 2019, antes de recuperar as perdas e fechar com alta de 0,16%.
O índice de Xangai caiu 0,11%. Enquanto em Hong Kong o índice Hang Seng teve alta de 0,83%, com as ações de tecnologia liderando os ganhos.
Os mercados chineses passaram por um período tórrido este ano, já que a recuperação econômica instável e uma crise imobiliária cada vez mais profunda se somaram aos desafios geopolíticos, incluindo tensões prolongadas entre a China e os Estados Unidos sobre tecnologia e comércio.
O índice CSI300 caiu cerca de 12% neste ano e deve registrar um dos piores desempenhos da região.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
“O índice CSI300 foi o mais atingido em termos de valores, já que recebe mais alocações de investidores estrangeiros. Somando-se o impacto do corte da Moody’s, o índice pode encontrar um piso e se recuperar em breve”, disse Pang Xichun, diretor de pesquisa da Nanjing RiskHunt Investment Management Co.
O capital estrangeiro registrou entrada líquida por meio do link de negociação do norte nesta quarta-feira, após três sessões consecutivas de saídas.
“A decisão da Moody’s de rebaixar a perspectiva da dívida pública da China é o último elo de uma longa série de decepções recentes para os investidores em ações chinesas”, disse Yasser El-Shimy, analista de investimentos da The Motley Fool.
A recuperação econômica da China mostrou sinais de perda de força rapidamente após uma explosão inicial na atividade de consumo e de negócios no início do ano. Foi prejudicada por um mercado imobiliário em dificuldades, riscos de dívida dos governos locais e crescimento global lento.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,04%, a 33.445 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,83%, a 16.463 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,11%, a 2.968 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,16%, a 3.399 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,04%, a 2.495 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,19%, a 17.360 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,33%, a 3.087 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,65%, a 7.178 pontos.
O post China continua sentindo alteração da nota da Moody’s apareceu primeiro em Forbes Brasil.