O Ibovespa opera em queda de 0,54% na abertura do pregão desta segunda-feira (4), a 127.496 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Por aqui, o mercado voltou a ver uma leve alta na projeção da inflação medida pelo IPCA até o fim deste ano, enquanto prevê um dólar mais baixo no mesmo período. No exterior, a inflação também continua sendo o ponto focal das discussões.

O dólar avançava 0,30% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,8953.

Participantes do mercado consultados pelo Banco Central ajustaram ligeiramente suas projeções para a inflação e a taxa de câmbio deste ano e do próximo, mostrou nesta segunda-feira a pesquisa semanal Focus.

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Agora, economistas projetam alta de 4,54% do IPCA em 2023, contra 4,53% anteriormente. A revisão vem após dados divulgados na semana passada mostrarem que o IPCA-15, considerado prévia da inflação, acelerou a alta a 0,33% em novembro.

Para 2024, a expectativa de inflação também teve alta de 0,01 ponto percentual, a 3,92%.

A menos de um mês do final do ano, os economistas também melhoraram ligeiramente suas apostas para o desempenho do real, passando a calcular a taxa de câmbio a 4,99 por dólar, ante 5,00 estimados na semana passada.

O Brasil teve déficit em transações correntes de US$ 230 milhões em outubro, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,62% do Produto Interno Bruto, informou o Banco Central nesta segunda-feira.

O resultado veio melhor do que a expectativa do mercado, conforme pesquisa da Reuters com especialistas, que apontava para um saldo negativo de US$ 399 milhões em outubro.

Em outubro de 2022, o Brasil havia registrado déficit em transações correntes de US$ 5,808 bilhões.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, as autoridades do Federal Reserve parecem ter encerrado sua campanha de aumentos de juros, mas ainda possuem o desafio iminente de quando e como sinalizar uma mudança para cortes que investidores, políticos e o público podem exigir antes que o banco central esteja pronto.

A questão pode parecer distante. Um indicador de inflação subjacente permanece em 3,5% ao ano, significativamente acima da meta de 2% do Fed, as autoridades ainda se preocupam com o ressurgimento das altas dos preços em uma economia de baixo desemprego e a sua retórica aponta mais para um platô prolongado dos juros ou até mesmo para outro aumento.

Na Ásia, as ações da China e de Hong Kong ampliaram suas perdas nesta segunda-feira, uma vez que dados econômicos apontaram para uma desaceleração na dinâmica do crescimento.

Por lá, o sentimento dos investidores continua pessimista devido ao ambiente de crescimento desafiador da China, refletido em dados econômicos recentes. Dados mistos sobre a atividade industrial na China em novembro sugerem que será necessário mais estímulo para sustentar o crescimento econômico.

O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,09%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 2,05%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,29%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,60%.

Na Europa, a confiança dos investidores melhorou no início de dezembro pelo terceiro mês consecutivo, embora permaneça incerto se esse foi o início de uma reversão da tendência de longo prazo, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira.

O índice da Sentix para a zona do euro subiu para -16,8 pontos em dezembro, de -18,6 em novembro, ficando aquém da leitura de -16,4 prevista em uma pesquisa da Reuters com analistas.

O diretor-executivo da Sentix, Manfred Huebner, disse que a Alemanha teve dificuldades para acompanhar até mesmo essas melhorias moderadas, com as expectativas da maior economia da zona do euro consistentemente baixas.

O subíndice de expectativas futuras na zona do euro também registrou sua terceira recuperação mensal em dezembro, embora tenha permanecido em território negativo, passando de -10,0 no mês anterior para -9,8.

O Stoxx 600 perdia 0,14%; na Alemanha, o DAX avançava 0,05%; o CAC 40 em queda de 0,27% na França; na Itália, o FTSE MIB recua 0,15%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,44% no Reino Unido.

(Com Reuters)

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