Fiat dá xeque-mate na VW com Fastback de 185 cv e porta-malas de 600 litros

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Foto: divulgação

Por R$ 159.990, Fastback Abarth aposta na esportividade (relativamente) acessível

Prolífico nos anos 1980 e 1990, o segmento de esportivos nacionais sobrevive hoje do comprometimento de Fiat e Volks em manterem na prateleira um tipo de produto há tempos abandonado por Chevrolet e Ford e, mais recentemente, também pela Renault.

Veja fotos do Fastback Abarth:
















Com o Fastback Abarth, que acaba de chegar por R$ 159.990, a marca italiana dá um importante passo à frente da concorrência. Não apenas por ampliar a oferta com um modelo que genuinamente estimula os sentidos, mas também pela formatação do Abarth Racer’s Academy, evento itinerante cuja ambição é criar uma comunidade de entusiastas. Exposição guiada e interativa sobre a história da marca criada por Carlo Abarth em 1949 e pilotagem em circuitos estão no programa.

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Carro e evento – que em 2024 promete visitar outras cidades do Brasil depois de estrear no Autódromo Capuava, em Indaiatuba, no interior de São Paulo – são a coroação de um plano iniciado em 2017 por Herlander Zola, Vice-presidente Sênior de Operações Comerciais da Stellantis Brasil e veículos comerciais leves (LCV) para América do Sul, responsável pela comercialização das marcas Fiat, Abarth, Jeep, Ram, Peugeot e Citroën.

“Precisávamos criar um meio de a Fiat evoluir em segmentos mais altos e ter presença em nichos que ajudam a criar desejo. Isso poderia acontecer por meio de um portfólio próprio ou por movimentos como esse, de trazer a divisão esportiva da marca”, explica o executivo.

Paradoxalmente, o impulso para estabelecer a Abarth no Brasil – algo impensável há poucos anos – é justamente a estagnação do mercado nacional, que já chegou a 3,6 milhões de unidades, mas hoje patina para não descer do patamar de 2 milhões.

“Como a atual situação econômica não permite que a base da pirâmide movimente o mercado de entrada, preciso depender cada vez menos do segmento de carros populares e convencer quem tem um bom poder aquisitivo a pensar em um Fiat. Ou um Abarth, nesse caso”, contextualiza Zola, que já passou por Audi e BMW.

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A receita é a mesma do Pulse Abarth, com quem divide não apenas a plataforma, o motor 1.3 turboflex (185 cv com etanol e 27,5 kgfm de torque) e a transmissão automática de seis marchas, mas também a incoerência do nome, pois mais sentido faria chamá-los Fiat Pulse/Fastback Abarth ou simplesmente Abarth Pulse/Fastback. Talvez seja a primeira vez na história que o nome do carro vem antes do da marca.

Na ponta do lápis, o segundo carro da Abarth no Brasil é R$ 10 mil mais caro, 31 centímetros mais comprido (4,42 m), 18 quilos mais pesado (1.299 kg), tem 230 litros a mais de porta-malas (600 l) e está calçado em rodas de 18, e não 17 polegadas.

“Principal diferença entre os dois modelos é funcional. Quem busca pelo Pulse busca um carro menor, enquanto no Fastback há mais praticidade. Acredito e espero que o Fastback evolua mais na direção de buscar clientes de concorrentes, especialmente de sedãs esportivos, do que clientes do Pulse”, avalia Zola.

Se viesse até o começo do ano, o recado seria para o Virtus GTS. Mas a Volkswagen substituiu a versão da mítica sigla pela Exclusive. Que até mantém o 1.4 turbo de 150 cv, porém oferecendo mais requinte do que esportividade.

Poderia ser também para o Jetta, mas o sedã médio da Volkswagen tem desempenho (231 cv) e preços (R$ 239.390) superiores.

Na verdade, o Fastback Abarth é um xeque-mate no Nivus GTS: e aí, vem ou não vem?

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