O Ibovespa avançou 0,87%, atingindo 127.263,98 pontos no último pregão de novembro, registrando o melhor desempenho mensal em três anos. Os dados norte-americanos de inflação divulgados nesta quinta-feira (30) endossaram as expectativas de que o Federal Reserve não mais elevará as taxas de juros nos Estados Unidos.
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Durante o mês de novembro, o Ibovespa registrou um aumento de 12,48%, marcando seu desempenho mais notável desde novembro de 2020, quando apresentou uma elevação de 15,9%. Ampliando a análise para todo o período desde o ano 2000, novembro de 2023 destaca-se como o terceiro melhor mês para o índice. Além disso, o indicador também registrou o recorde do ano, alcançando o maior nível desde junho de 2021, ao ultrapassar os 127 mil pontos.
Ao considerar os últimos 24 anos, a partir de 2000, é possível observar que em treze ocasiões o Ibovespa apresentou ganhos positivos em novembro, enquanto em onze registrou desempenho negativo. Em termos históricos, destaca-se que o pior novembro na amostra ocorreu em 2000, com uma queda significativa de -10,63%.
Estrategistas afirmam que a performance das ações brasileiras neste mês foi impulsionada principalmente pelas perspectivas de que o Federal Reserve encerrou o ciclo de aperto monetário, encontrando respaldo nos dados norte-americanos de inflação e do mercado de trabalho.
Esse cenário estimulou o fluxo de capital estrangeiro para a bolsa paulista, revertendo o resultado negativo dos três meses anteriores. Até o dia 28 de novembro, as compras de ações por estrangeiros superaram as vendas em 18 bilhões de reais, representando a maior entrada líquida em um mês de 2023 até o momento.
Nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio dos EUA divulgou que o índice de preços PCE permaneceu estável em outubro, após alta de 0,4% no mês anterior, enquanto o núcleo do indicador registrou um acréscimo de 0,2% no mês passado, em comparação com 0,3% em setembro, confirmando as previsões de economistas.
Em 12 meses, o índice mostrou um aumento de 3%, a menor alta ano a ano desde março de 2021 e após 3,4% em setembro, enquanto o núcleo ficou em 3,5% em outubro, ante 3,7% no mês anterior.
O dólar à vista fechou em alta ante o real, em meio à disputa dos investidores para a formação da taxa Ptax no último dia de novembro e ao avanço da moeda norte-americana no exterior. A moeda encerrou o dia cotada a 4,9154 reais na venda, em alta de 0,59%. Em novembro, no entanto, o dólar acumulou baixa de 2,48%.
DESTAQUES DO IBOVESPA
(pregão à vista)
Maiores Altas
CIEL3: +7,51% a R$ 4,01
MGLU3: +6,38% a R$ 2,00
EMBR3: +5,69% a R$ 21,55
CYRE3: +3,98% a R$ 21,70
IRBR3: +3,70% a R$ 50,74
Maiores Baixas
MRFG3: -6,25% a R$ 9,75
BRKM5: −5,87% a R$ 19,25
KLBN11: −3,33% a R$ 22,65
BRFS3: −3,18% a R$ 14,61
GGBR4: −2,37% a R$ 21,82
Exterior
As ações europeias atingiram uma máxima em mais de dois meses nesta quinta-feira, encerrando novembro em forte alta, após dados que mostraram queda na inflação nos Estados Unidos e na Europa, aumentando as apostas de que os bancos centrais em breve reduzirão as taxas de juros.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,55%, atingindo 461,61 pontos, marcando seu maior salto mensal desde janeiro, com o setor imobiliário e as ações de tecnologia registrando ganhos de 14,7% cada no mês.
Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones encerraram a sessão com alta de 0,38% e 1,47%, respectivamente. Enquanto isso, Nasdaq teve uma queda de 0,23%.
(Com Reuters)
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