A empresa que está à frente da corrida da Inteligência Artificial generativa, a OpenAI, passou por uma dança das cadeiras na última semana, primeiro com a demissão do CEO Sam Altman. E depois com a renúncia dos membros de seu antigo conselho, uma das condições para que mais de 500 funcionários continuassem na empresa.
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O novo conselho de administração é totalmente formado por homens brancos: Bret Taylor, ex-CEO da Salesforce, Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, e Adam D’Angelo, CEO da plataforma Quora e também membro do antigo conselho da OpenAI.
A dança das cadeiras na OpenAI
Recapitulando o que aconteceu na última semana: o antigo conselho da OpenAI demitiu Sam Altman do cargo de CEO da companhia, devido a preocupações com a falta de sinceridade do executivo em sua comunicação. A CTO Mira Murati foi colocada como CEO interina em 17 de novembro.
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Então, em 19 de novembro, a Microsoft anunciou a contratação de Altman e do ex-presidente e presidente da OpenAI, Greg Brockman, para liderar uma nova equipe de pesquisa avançada em inteligência artificial. Neste mesmo dia, a OpenAI anunciou um novo CEO interino, o ex-CEO da Twitch Emmett Shear.
Com essa mudança, mais de 500 funcionários da OpenAI assinaram uma carta aberta ameaçando sair da empresa se Altman não fosse reintegrado ao cargo de CEO e todos os ex-membros do conselho pedissem renúncia. Isso levou a outra mudança três dias depois: o retorno de Altman como CEO da OpenAI e a formação de um novo conselho. Assim, a OpenAI passou de duas para zero conselheiras em questão de dias.
A ex-conselheira Helen Tomer, diretora de estratégia e bolsas de pesquisa da Universidade de Georgetown, foi destituída do conselho apenas um mês depois de ser coautora de um artigo questionando os interesses de Altman, que considerou isso uma crítica à empresa. Tasha McCauley, cientista-sênior da think tank Rand Corporation e ex-CEO da empresa de tecnologia GeoSim Systems, também pediu renúncia do conselho por ter se envolvido na destituição de Altman.
Já Adam D’Angelo, também membro da antiga formação do conselho da OpenAI e envolvido na decisão de demitir Altman, continua no conselho por ter contribuído para as negociações da restituição de Altman como CEO.
As preocupações com a falta de diversidade
Este novo conselho sem diversidade levanta preocupações, já que o pioneirismo da OpenAI no desenvolvimento de IA exige perspectivas divergentes para mitigar riscos e aumentar a segurança na rápida evolução dessa tecnologia.
Há a expectativa que a OpenAI adicione ainda mais membros ao seu conselho. Isso significa que há uma oportunidade de trazer mulheres excepcionais para ter diversidade de gênero no conselho e guiar a organização de forma segura e ética.
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Essas são apenas 10 das muitas potenciais conselheiras que poderiam trazer diferentes perspectivas e conhecimentos para o conselho da OpenAI. Ao selecionar os próximos membros do conselho, espero que a OpenAI priorize candidatos experientes que garantam uma tomada de decisões estratégica sobre o futuro da IA e representem genuinamente a diversidade da sociedade – a qual será consumidora e vai ser afetada por esses avanços tecnológicos da empresa.
* Rebekah Bastian é colaboradora da Forbes USA. Ela é empreendedora, líder de produto, artista e escritora.
(Traduzido por Gabriela Guido)
O post 10 mulheres especialistas que a OpenAI deveria considerar para seu conselho apareceu primeiro em Forbes Brasil.