O que faz um negócio ser excelente?

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Loja da Apple em Nova York: nem toda empresa excelente precisa ser gigante

O que faz um negócio ser excelente? Você já se fez essa pergunta?

Durante muito tempo, acreditei que os negócios excelentes eram as Apples da vida – negócios grandes o bastante para mudar o mundo. Negócios com milhares de funcionários, um faturamento bilionário e um reconhecimento mundial. Porém, será que essa é a única forma de um negócio ser ótimo?

Durante mais de 12 anos vivendo minha jornada empreendedora, passei por várias fases – a do comodismo, a da vontade de crescimento a qualquer custo, a dos burnouts (foram vários), a sensação de fracasso, a descoberta e aventura de um novo negócio. Foram muitas fases. E eu cheguei em algumas conclusões que gostaria de compartilhar com você, para que elas possam te ajudar como me ajudaram.

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Hoje sei que um negócio excelente é aquele que serve ao seu propósito, tanto para os clientes, quanto para você, como dono, e os colaboradores. Ok, e o que isso quer dizer? Você pode não ter o sonho de expansão absurda, e perseguir esse objetivo no seu negócio, pode significar matar partes de si, abrir mão do que você realmente valoriza em nome de uma expectativa alheia.

Um negócio bilionário esconde por trás renúncias que talvez nenhuma pessoa em sã consciência estivesse feliz em fazer.

Significa abrir mão, muitas vezes, da sua paz de espírito, de tempo de qualidade com a sua família, de anonimato, de simplicidade. Se você está ok com isso, em nome do seu sonho de ter um negócio gigante, então vai fundo. Porém, se isso te dá calafrios e uma sensação de angústia, sugiro que você repense seus objetivos e os alinhe com o que é a sua própria definição de sucesso.

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Conheci empreendedores de todos os tipos que vocês possam imaginar. Os que estão felizes tendo um negócio familiar por décadas, aquele negócio que paga as contas, dá lucro, e permite que a pessoa viaje nos fins de semana com a família, que trabalhe oito horas por dia e viaje uma vez por ano para o exterior de econômica.

Conheço também os bilionários – aqueles que tem jato próprio, passam temporadas em continentes diferentes, construíram negócios com milhares de funcionários e alguns bilhões de faturamento anual… Qual deles é mais feliz? Bem, depende. Cada um tem suas queixas da própria situação. Os bilionários se queixam de viverem com medo do quão grande tudo é, de segurança, de uma decisão errada causar uma situação difícil demais para reverter, mas também não se preocupam com dinheiro em uma base diária – sua realidade é outra, completamente diferente.

Os que tem negócios de tamanhos pequenos ou médios gostariam de mais estrutura, mais grana, de não se preocuparem com dinheiro no fim do mês. Mas eles amam ter tempo para viver em paz, ver os filhos crescerem, acreditam que dá para dar um jeito em qualquer problema e seguem a vida ganhando sua grana e curtindo a liberdade de serem anônimos, de não terem um mundo de responsabilidade nas costas e pronto.

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O que quero dizer com isso, é que entendi que meu objetivo de negócio precisa ser alinhado com quem eu sou, meu ideal de sucesso e o que é prioridade na minha vida.

Eu tenho quatro empresas em ramos distintos – moda, educação, comunicação e publicidade. Tenho ideais bem específicos para cada um deles, e que, desses negócios, alguns me brilham mais os olhos porque condizem com o que EU busco de realização e sucesso na minha vida. Condizem com meu talento e com as possibilidades que enxergo para realizar grandes objetivos de vida, pessoais e profissionais.

A jornada de empreender precisa ser alinhada com sua jornada pessoal. Não adianta querer causar um impacto na sociedade, principalmente nos jovens, e não atuar na educação de nenhuma forma – seja dando palestras ou com cursos profissionalizantes.

Por isso, hoje, o IMATIZE, que é minha edtech, tem objetivos de médio e longo prazo que construirão um legado de mudanças na educação do nosso país. Isso significa sim renúncias, muito trabalho, investimento, mas eu estou disposta a fazê-los pelo impacto que sei que será possível de ter.

Só buscar incessantemente construir um negócio gigante não diz nada. Por que esse negócio PRECISA ser grande? Qual é o caminho para isso? Qual é a GRANDEZA que você quer que ele tenha? Qual é o IMPACTO dessa grandeza não só na sociedade, mas na sua vida e dos seus colaboradores? Essas perguntas são mais pertinentes de serem feitas do que faturamento.

O que quero deixar hoje para você, é a reflexão do que é um negócio excelente para VOCÊ. Sem pensar nas expectativas dos outros, ou no que os “grandes players” do mercado falam. O que, para você, seria um negócio incrível? É aí que moram as respostas de muitas das perguntas que você deve se fazer todos os dias.

Você só vai ter sucesso quando souber o que sucesso significa para você. Para mim, é sentir que o processo vale a pena. E, para saber se o processo vale a pena, preciso entender o que é prioridade, grandeza, impacto e realização para mim, antes de qualquer coisa.

Espero que te ajude, especialmente em uma data tão comercial como a de hoje – que os números sejam, para você, a concretização de que você está construindo uma jornada de sucesso para si mesmo, e não só um número para mostrar para os outros.

Beijo, até semana que vem!

Isabela Matte tem 24 anos, é empreendedora, mãe, escritora, mentora e influenciadora. Criou seu primeiro negócio aos 12 anos. Foi reconhecida no ranking Forbes Under 30 em 2018 e é pós graduada em Filosofia. Dentre suas iniciativas, é fundadora e CEO da Isabela Matte, do IMATIZE e autora do livro O Jovem Digital.

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