Taylor Swift chega ao Brasil: tudo o que você precisa saber sobre a mais nova bilionária

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Marcelo Endelli/Getty Imaes

O sucesso de Taylor Swift lhe rendeu um patrimônio de mais de US$ 1 bilhão e um lugar de privilégio para expor os preconceitos vividos por artistas mulheres

Taylor Swift desembarcou no Brasil na quinta-feira (16) para o primeiro show da Eras Tour em solo brasileiro, no Rio de Janeiro. Foi recebida com uma homenagem projetada no Cristo Redentor.

A cantora de 33 anos, que em outubro atingiu o status de bilionária, com uma fortuna estimada em US$ 1,1 bilhão, vai fazer outros dois shows no Rio, antes de se apresentar em São Paulo na semana seguinte.

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Swift entrou para a seleta lista dos bilionários graças à sua mais nova turnê. Ela é a primeira cantora a alcançar esse status apenas com suas canções e apresentações.

Também foi pioneira em colocar uma música na primeira posição das paradas da revista Billboard, substituindo outra canção sua (feito antes realizado apenas pelo grupo de K-pop BTS). A cantora coleciona recordes e prêmios: até o momento, tem 11 gramofones do Grammy, além de diversos outros reconhecimentos por sua música. Entre os indicados para o Grammy 2024, as mulheres dominam quase completamente a lista, ocupando quase todas as vagas em algumas das principais categorias. E Taylor foi indicada em seis delas, incluindo “Álbum do Ano”. 

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Sua fortuna teve um aumento de US$ 360 milhões em relação a junho deste ano, quando a cantora ficou em 34º lugar entre as mulheres mais ricas dos Estados Unidos. O patrimônio de Swift inclui mais de US$ 500 milhões estimados em royalties e turnês, um catálogo musical no valor de US$ 500 milhões, além de US$ 125 milhões em imóveis, incluindo seis casas e um avião particular de US$ 10 milhões. 

Os ingressos para os shows no Brasil esgotaram em cerca de 40 minutos com mais de 1 milhão de pessoas conectadas na fila virtual da Tickets4Fun para tentar ver a “loirinha”, como é apelidada por aqui. Nos EUA, a demanda sobrecarregou a Ticketmaster e levou membros do Congresso americano a questionar o controle da empresa sobre as vendas de ingressos para shows.

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O ‘terremoto’ Taylor Swift

A Eras Tour de Taylor Swift começou como uma retrospectiva da sua carreira de quase duas décadas e uma celebração de seus 10 álbuns icônicos. Tornou-se um fenômeno financeiro que já rendeu US$ 780 milhões em vendas de ingressos. E está a caminho de se tornar a turnê com maior bilheteria de todos os tempos

Swift embolsou cerca de US$ 190 milhões após impostos na primeira etapa da Eras Tour e outros US$ 35 milhões nas duas primeiras semanas de exibição do filme “Taylor Swift: The Eras Tour”.

Para se ter dimensão do impacto da turnê, Taylor foi citada em um relatório do Banco Central dos EUA como responsável por impulsionar a economia do país com uma alta na indústria do turismo nas datas próximas aos seus shows – o que deve se repetir no Brasil e em outros países.

A empolgação dos fãs é tanta que causou uma atividade sísmica equivalente a um terremoto de magnitude 2,3 nos shows em Seattle, nos EUA, em julho. 

Os Swifties – como são chamados os seus fãs – começam a se preparar semanas antes, escolhendo o look inspirado em alguma das “eras” da cantora e fazendo “pulseiras da amizade” para trocar antes da apresentação. Essa tradição foi inspirada na música “You’re on Your Own, Kid” da própria Taylor, mais especificamente no verso “então faça as suas pulseiras da amizade, curta e aproveite o momento.” 

Amanda Edwards/Getty Images

Swifties chegam aos estádios com pulseiras temáticas para trocar com outros fãs

As pulseiras de miçangas são feitas com nomes de músicas e álbuns da cantora e foram responsáveis por um boom nas buscas por “friendship bracelets” no Brasil, segundo dados do Google Trends.

Luta por seus direitos na indústria da música

Em 2021, Taylor começou a regravar seus primeiros álbuns para recuperar os direitos de propriedade sobre a sua música. Isso porque foi surpreendida, em 2020, com a venda das suas canções pelo executivo da gravadora, Scooter Braun, que acabara de comprar a Big Machine.

Swift anunciou que regravaria todos os seis álbuns que estavam sob a posse de Braun – o que ela pode fazer por ser compositora de suas canções, e pediu que os fãs passassem a escutar as produções regravadas, os álbuns “Taylor’s Version” (versões da Taylor). 

Como Taylor Swift chegou ao topo

Aos 14 anos, Taylor saiu da cidade onde foi criada na Pensilvânia para começar a carreira de música country em Nashville. Rapidamente, ela assinou com uma gravadora e em 2006 seu primeiro álbum foi lançado.

Com cabelo loiro cacheado, botas de caubói e violão ou banjo, ela se tornou uma estrela do country e, em 2008, seu disco “Fearless” foi um grande sucesso. Apesar de a maioria das músicas seguir o mesmo estilo, dois pops estavam entre as faixas: “Love Story” e “You Belong with Me”. Foram essas canções que ajudaram o álbum a alcançar os primeiros lugares de vendas. 

Desde então, a estrela está sempre entre os artistas mais ouvidos e não sai do topo das paradas da Billboard.

Swift deixou o country e adotou outros estilos. As botas de caubói deram lugar a saltos, paetês e franjas. Ela construiu sua marca e se tornou um fenômeno mundial, lotando shows no mundo todo.

Fale bem ou fale mal

Nas letras, a cantora traz questões íntimas e situações de relacionamentos passados com outras estrelas como Harry Styles, John Mayer e Jake Gyllenhaal – o que a aproxima ainda mais dos Swifties. E também chama a atenção para os preconceitos vividos pelas mulheres, incluindo os que precisou combater para ter sucesso com sua música.

No seu documentário, “Miss Americana”, lançado em 2020 na Netflix, Swift, que (literalmente) teve muitas eras ao longo da carreira, fala sobre a reinvenção esperada das mulheres na indústria da música. “As artistas mulheres que eu conheço tiveram que se reinventar 20 vezes mais do que os homens. Elas precisam fazer isso ou perdem o emprego”, disse ela.

Swift já contou em entrevistas que, no início, não percebia o sexismo da indústria – até que cresceu (em termos de idade e reputação) e “começou a incomodar”. “Eu vi que, como mulher nesta indústria, algumas pessoas sempre terão questionamentos sobre você. Se você merece estar lá, se seu produtor ou co-autor é a razão do seu sucesso, ou se foi uma gravadora inteligente. Não foi”, disse ela ao receber o prêmio Mulher da Década, da Billboard, em 2019.

@sweetmelodies._ Taylor Swift Accepts Woman of the Decade Award |Billboard #taylor #taylorswift #woman ♬ suono originale – Sweet Melodies

No mesmo discurso, contou que sua estratégia tem sido usar as críticas como combustível e matéria prima para suas criações. “Tudo o que eles criticaram em mim se tornou material para sátiras musicais ou canções inspiradoras, e os melhores exemplos que me vêm à mente são músicas como ‘Mean’, ‘Shake It Off’ e ‘Blank Space’.”

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